Em tempo de eleição
Do jornalista Ivan Santos no jornal Correio de Uberlândia, hoje:
Em tempo de eleição, quem quiser sobreviver sem atropelos pra contar a história é melhor não ser a favor ou contra. Melhor é “ser pelo contrário”. Assim ensinou o velho Juquita da Pindoba.
Em terra de lobisomem, “se correr o bicho pega, se ficar, o bicho come” e “gato escaldado desconfia de água fria”.
Tempo de eleição é tempo de embromação. É também tempo de preparar-se para assistir às óperas bufas e ouvir supimpas declarações de salvadores da pátria amada salve, salve.
Em tempo de eleição, ser bobão é bão. Bão demais! Não está proibido mal falar de sapo de fora. Desaconselhado é mal falar de sapos de dentro.
Não cabe também recitar versos ao vento porque vento não sabe ler. Então é melhor embromar. É bom atentar que, na luta eterna do mar para derrubar o rochedo, as ostras sobrevivem porque imitam o macaco chinês que tem a boca, os ouvidos e os olhos fechados.
Como não há noites externas, no dia 8 de outubro raiará risonha e fresca a madrugada. Então será possível escrever e proclamar: “Ao vencedor, as batatas e os abacaxis pra descascar”.
Até lá vou negacear por veredas tropicais e cerrados repletos de cobras, lagartos e jacarés. Espero estar diante de uma mina de onde brote água freta na hora de onça beber água.
Na hora de o bicho pegar vai haver muito choro misturado com ranger de dentes. Quem sobrar pra contar a história aprenderá com quantos paus se faz uma canoa.
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Em tempo de eleição, quem quiser sobreviver sem atropelos pra contar a história é melhor não ser a favor ou contra. Melhor é “ser pelo contrário”. Assim ensinou o velho Juquita da Pindoba.
Em terra de lobisomem, “se correr o bicho pega, se ficar, o bicho come” e “gato escaldado desconfia de água fria”.
Tempo de eleição é tempo de embromação. É também tempo de preparar-se para assistir às óperas bufas e ouvir supimpas declarações de salvadores da pátria amada salve, salve.
Em tempo de eleição, ser bobão é bão. Bão demais! Não está proibido mal falar de sapo de fora. Desaconselhado é mal falar de sapos de dentro.
Não cabe também recitar versos ao vento porque vento não sabe ler. Então é melhor embromar. É bom atentar que, na luta eterna do mar para derrubar o rochedo, as ostras sobrevivem porque imitam o macaco chinês que tem a boca, os ouvidos e os olhos fechados.
Como não há noites externas, no dia 8 de outubro raiará risonha e fresca a madrugada. Então será possível escrever e proclamar: “Ao vencedor, as batatas e os abacaxis pra descascar”.
Até lá vou negacear por veredas tropicais e cerrados repletos de cobras, lagartos e jacarés. Espero estar diante de uma mina de onde brote água freta na hora de onça beber água.
Na hora de o bicho pegar vai haver muito choro misturado com ranger de dentes. Quem sobrar pra contar a história aprenderá com quantos paus se faz uma canoa.
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