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Campanha contra Sarney cresce no mundo digital

Luciano Beregeno (*)
O mundo hoje não é, definitivamente, mais o mesmo. Quem ainda não se plugou ou insiste que as mídias tradicionais ainda servem como ferramentas de mobilização, se não está totalmente enganado, pelo menos pode estar a caminho disto.
Nos últimos dias, na mesma proporção em que aparecem as denúncias envolvendo a família do presidente do Senado, o peemedebista José Sarney (PMDB/AP) e ele próprio, crescem na internet as manifestações – das mais variadas formas – contra Sarney. O movimento ficou conhecido como “Fora Sarney” e pede o afastamento do presidente do Senado.
A maior onda de protesto veio pelo microblogue Twitter com a campanha #ForaSarney, onde os tuiteiros (neologismo para designar os usuários do Twitter, equivalente ao twitters do inglês) postaram ao final de cada mensagem, palavra-chave (tag) #ForaSarney. A adesão à campanha foi tão imediata que logo ficou marcada uma passeata virtual para a quarta-feira, 15 de julho. Mais de 5.800 usuários, segundo O Globo, participaram e outro tanto se somou ao movimento, multiplicando as mensagens de #ForaSarney que chegou não só aos perfis do Twitter mantidos por parlamentares, bem como aos e-mails no Senado e na Câmara dos Deputados.
Agora, outra campanha está em curso e abala as estruturas políticas do País. Um blog criado por publicitários para protestar contra José Sarney estabeleceu a Greve do Bigode e propõe que cada brasileiro se manifeste através de uma foto usando um bigode e enviando ao blog www.tiremobigode.blogspot.com. O lema do movimento é “Só tiro o meu quando o Senado tirar o dele”.
O ineditismo e a irreverência do manifesto ganhou as páginas do jornal britânico The Guardian, que em sua edição do dia 23 se referiu ao movimento como a “revolução do bigode”, referência ao presidente do Senado.
Mais uma
No início da madrugada da quinta-feira, outro viral de campanha começou a tomar corpo também no Twitter e já havia se alastrado para os blogs e sites da internet. Na iminência do ano eleitoral em 2010, a onda agora é deixar claro aos parlamentares e candidatos que o eleitor não está nada satisfeito com o que acontece no Congresso Nacional. A proposta é do site Perspectiva Política, com a campanha “Não voto em quem defende o Sarney. E você?” (http//perspectivapolitica.com.br/campanha-nao-voto-em-quem-defende-sarney/), que se alinha a comunidades virtuais e outros movimentos, como o #ForaLula e o #TudomenosDilma.
Ainda que o povo não ganhe as ruas em protesto, na web, as revoluções estão em plena erupção.
(*) O jornalista Luciano Beregeno é editor do jornal Gazeta do Triângulo

4 comentários:

  1. Fora Sarney? A campanha devia ser outra: Pra dentro, Sarney... da prisão.

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  2. Se a lei eleitoral (Lei nº 9.504, de 30 de setembro de 1997) for modificada (até setembro para valer em 2010) para viabilizar o uso da internet durante a próxima campanha eleitoral (embora o projeto seja com regras restritivas de uso), existe a possibilidade de uma verdadeira reviravolta no status quo dos políticos, que se trancam no congresso, câmaras, inibindo a contribuição de idéias da população. Essa campanha contra o Sarney é uma amostra tímida do que poderá acontecer nessa próxima campanha, mas é o começo do uso das redes sociais unindo a opinião pública contra o distanciamento dos políticos do dia-a-dia das pessoas. É bom os políticos começarem a opinar nos blogs, se familiarizarem com essa ferramenta e com a liberdade de expressão, participar dos debates para esclarecer os fatos que incomodam as pessoas, aceitarem novas idéias e dizerem por que não podem aceitar determinadas opiniões. Afinal a imagem é o que eles devem ter de mais precioso e a Internet passou a construí-la ou não.

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  3. Em tempo: Nesta sinuca de bico, dizem que Sarney é a bola da vez - Pura balela. Ele é o próprio bolão e, até mesmo em caso de suicídio, ele volta ao pano verde! Kkkk. Lembrei de outra: Ele é imortal...

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  4. Lamentavelmente, a gente pressente que isso vai dar em nada (como sempre).

    Afinal, ainda tô matutando como foi que aprovaram 500 (600? 700?) atos secretos e NINGUÉM percebeu...

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