Monitoramento de peixes nos reservatórios das usinas Capim Branco
Vanessa Pires
Comunicação CCBE
Fotos: Divulgação
O Consórcio Capim Branco Energia (CCBE) realiza, até o final de julho, mais uma campanha de Monitoramento da Ictiofauna nos reservatórios das hidrelétricas Amador Aguiar I e Amador Aguiar II. O trabalho tem o objetivo de acompanhar a readaptação das espécies de peixes do rio Araguari, após o enchimento dos lagos. Até o momento, foram registradas 41 espécies, com destaque para três grandes migradoras: o pacu (Myleus tiete), a piapara (Leporinus elongatus) e o surubim (Steindachneridion scriptum).
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Para que os dados para avaliação da ictiofauna sejam coletados, redes de espera são instaladas ao longo dos reservatórios, em pontos estratégicos. Tais unidades de captura, que apresentam diferentes tamanhos de malha - para abranger peixes de pequeno, médio e grande porte - são dispostas no final da tarde e mantidas dentro d’água de 12 a 14 horas. Quando recolhidas na manhã do dia seguinte, os peixes apanhados são processados, com registro do comprimento, peso e nome da espécie. No caso das espécies migradoras, características de água corrente, e das espécies exóticas à bacia do rio Araguari – como o tucunaré (Cichla kelberi) e o barbado (Pinirampus pirinampu), é também realizada a investigação sobre o estágio reprodutivo e hábito alimentar dos indivíduos amostrados.
Os resultados consolidados desse trabalho permitem caracterizar a riqueza de espécies em função dos pontos e períodos de amostragem, avaliar a atividade reprodutiva das principais espécies e acompanhar a dinâmica das populações das espécies de interesse. “Outra importância fundamental do trabalho consiste na fundamentação teórica para proposição de medidas mitigadoras, caso necessário, visando a conservação da ictiofauna sob influência do Complexo Energético Amador Aguiar”, afirma a bióloga Simone Mendes.
Condicionante para o licenciamento do Complexo Energético Amador Aguiar, proposta pela Fundação Estadual do Meio Ambiente (FEAM), o Monitoramento da Ictiofauna teve início antes da construção das usinas do Complexo Energético Amador Aguiar, sendo concluído em 2007. Apesar de sua finalização o CCBE optou, voluntariamente, em dar continuidade aos estudos. A nova etapa, iniciada em 2008, é realizada com periodicidade quadrimestral, contemplando a amostragem durante as estações seca e chuvosa.
Entendo que o Monitoramento da Ictiofauna era uma condição para o licenciamento ambiental, mas me parece que houve equívoco no tipo de monitoramento, quando proibiu a pesca que poderia ser realizada mesmo com a pesquisa em andamento. Noutros reservatórios de hidrelétricas isso foi possível, inclusive com a utilização de recursos do CNPQ para a produção de pescado realizado por associação de pescadores profissionais (Usina de Funil). Neste caso da Capim Branco, não sei está havendo a conservação dos recursos genéticos em bancos de sêmen dos peixes ( in vitro) e manutenção de reprodutores (bancos in vivo) com vistas ao povoamento de espécies. Deveriam fazer estação de piscicultura, como foi feito em Três Marias e deixar o povo pescar. Acho que o dinheiro gasto poderia ser destinado à criação dos peixes, jogar no rio e deixar os pescadores terem alguns momentos de prazer. Afinal esse monitoramento é uma foto estática do momento, com estudos das espécies já conhecidas (ao menos dos pescadores), e quando terminarem essas anotações o quadro ainda poderá ser radicalmente mudado pelos pescadores e outros eventos naturais. O turismo agradece e nem falem em depredação da natureza já que até há mais de 30 anos a Cidade de Três Marias recebe turistas para a pesca. Mas quando puder pescar aí me avisem.
ResponderExcluirEu sou contra a ação de pescadores definitivamente. Eles sim que devem ser monitorados, não os peixes. "Tá nervoso? Vai pescar." Se assim fosse eu deveria morar na beira do rio. Vá procurar um pesque-pague, onde peixes alimentados recusam o anzol. Além do mais os pescadores invadem propriedades, sujam as margens, dão tiros em animais, se embebedam e atolam seus carros onde não deveriam ter chegado com o mesmo vindo a incomodar os fazendeiros. Como investimento turístico eu não vejo nenhum centavo ficando na localidade, pois levam na própria bagagem sua comida, bebida, apetrechos gerais e voltam como heróis.
ResponderExcluirGrande Aristeu,
ResponderExcluirPercebo sua ira (nervoso?). Recebi com humor, e quero que receba esse comentário com humor de de pescador ao final de boa pescaria! Afinal pescarias para muitos amadores como eu são amenidades! O Senhor nesse comentário parece militar recomendando o pesque-pague que sempre freqüento. Jesus era carpinteiro e, no entanto, ensinou Pedro a pescar no lago de Genesaré (Lucas 5) e ainda previu que ele seria pescador de homens! De dentro de sua barca fez dela uma cátedra e pregou para uma pequena multidão. Pedro ao que parecia era como um pequeno empresário do ramo da pesca. Profissão antiga. Quantos peixes o senhor ou sua família já comeu dos rios? Quem os pescou? Quantos heróis abasteceram nossas feiras e mercados! Os peixes não pertencem aos fazendeiros. Os rios não pertencem aos fazendeiros que devem construir bem longe deles. Às vezes dragar ou tirar areia é pior do que pescar. Afinal tem fazendeiro de todo jeito, assim como pescadores irresponsáveis. A irrigação com água tirada em excesso dos rios pode ser perversa e começa a ser cobrada. Os agrotóxicos que escoam para os rios podem ser pior que o mal causado pelos pescadores. Então os fazendeiros invadiram as margens e alguns sonham em impedir a passagem dos pescadores para não chegarem aos rios, que nem a Capim Branco. Mas podem chegar por barco, apesar dos fazendeiros!. Pelo seu comentário, o senhor ou é fazendeiro ou é colega de Pedro! Eu continuo pescador! Evidentemente só ELE é o caminho, a verdade e a vida, felizmente!
muito bom estes comentários, todos os dois tem um pouco de razão, eu particularmente, acho que tanto os fazendeiros como os pescadores deveriam cuidar do meio ambiente, não cometendo excessos, evitando degradar a natureza, preservando sempre. mais infelizmente, tem pescadores que só querem depredar, parece que além de pescar todo peixe, ainda caçam outros animais, usando de técnicas nada convencionais. Já os fazendeiros, querem usar a terra como bem entendem, achando que são donos de tudo, fecham as margens dos rios ao mesmo tempo que poluem, quando na verdade o verdadeiro dono das terras são os índios, os quais nunca destruíram nada. Eu particularmente, gosto de uma pesca de vez em quando, sem exageros, e claro, um grande abraço a todos. e que tenham consciência de seus atos.
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