Posse na Academia de Letras e Artes de Araguari
Discurso de posse do acadêmico Dr. Natal Nader (foto), realizada do dia 30 de março de 2012, na Academia de Letras e Artes de Araguari. Durante a solenidade, tomaram posse também o filósofo Dennis Garcia Xavier, o músico Luiz Carlos Salgado, a artista plástica Therezinha Rodrigues dos Reis e o filósofo e ambientalista Marco Aurélio Faria Coelho. Foi uma noite de gala, que transcorreu em clima de confraternização e alegria, com a presença da sociedade araguarina, de familiares dos novos acadêmicos e de personalidades ilustres representantes do setor cultural da cidade.
"Senhoras e Senhores:
Imensa é a minha alegria por retornar à Academia de Letras e Artes de Araguari, na qualidade de membro efetivo da mesma. Digo retornar, por já ter participado, a convite do saudoso e inesquecível Abdala Mameri, de seus passos iniciais e antes de lhe ser dada a atual conformação. Por impedimentos de ordem pessoal, fui levado, a contragosto, a dela desligar-me.
Sem dúvida, integrar a Casa de Abdala Mameri é algo que nos orgulha e desvanece, a mim e aos outros novos acadêmicos, não por mera vaidade, mas sim por tratar-se de uma proficiente instituição, composta por pessoas que se dedicam à cultura em todos os seus matizes e cujo objetivo precípuo é o incentivo à produção literária e artística, atividade tão bem conduzida pela atual Diretoria, presidida por Regina Maria Duarte Mota, e por todas aquelas que a antecederam.
Honra-me, igualmente, o ensejo de estar representando os demais acadêmicos ora empossados, aos quais agradeço a generosa indicação e, simultaneamente, peço vênia para nominá-los e tecer breves referências a respeito de seus patronos, por ser esta uma praxe nas cerimônias de posse da Academia.
Acadêmico DENNIS GARCIA XAVIER, filósofo, ocupará a Cadeira 37 e terá, como patrono, HERÁCLITO DE ÉFESO, filósofo grego pré-socrático da Escola Jônica, nascido em Éfeso, cidade grega na região da Jônia (atual Turquia), em 540/535 a.C. e falecido em 475/470 a.C. No seu entender, o fogo seria o elemento primitivo da matéria, do qual deriva tudo o que nos circunda. Em fragmentos de seus escritos, encontrados em obras posteriores de outros filósofos, constata-se que seus principais estudos se voltavam para a Metafísica, Ética, Epistemologia e Política.
Acadêmico LUIZ CARLOS SALGADO, músico e poeta, ocupará a Cadeira 38 e terá, como Patronesse, INEZITA BARROSO, nascida na cidade de São Paulo, em 04 de março de 1925. Cantora das mais importantes estações de rádio do Brasil, também participou de filmes para o cinema. Após, dedicou-se ao estudo do folclore brasileiro e tornou-se professora dessa atividade cultural. Tem mais de setenta discos gravados, documentários e programas produzidos para a televisão, além de apresentações de seu repertório folclórico em várias partes do mundo.
Acadêmica THEREZINHA RODRIGUES DOS REIS, artista plástica, ocupará a Cadeira 39 e terá, como Patronesse, ANITA CATARINA MALFATTI, pintora, desenhista, gravadora e professora, nascida na cidade de São Paulo, em 1896, e falecida em 06 de novembro de 1964. Em 1912, foi enviada, por seus pais, à Alemanha, onde cursou a Academia de Belas-Artes de Berlim. Da Alemanha, algum tempo depois, dirigiu-se a Paris e, em 1914, retornou ao Brasil, realizando então sua primeira exposição individual. Em 1917, após estudos feitos nos Estados Unidos, realizou outra exposição. Considerada como a vanguarda do modernismo brasileiro, seus trabalhos foram expostos na Semana de Arte Moderna de 1922, realizada em São Paulo.
Acadêmico MARCO AURÉLIO FARIA COELHO, filósofo e ambientalista, ocupará a Cadeira 40 e terá, como Patrono, SÓCRATES, filósofo grego nascido em Atenas (470 a. C. – 399 a. C.). Tido, em sua época, como o mais sábio dos homens, dedicou-se a estudos sobre a natureza da alma humana e à busca do conhecimento, usando o diálogo como método para levar as pessoas a reconhecerem a própria ignorância e procurando converter os cidadãos de Atenas à sabedoria e à virtude. Denunciado como subversivo e impiedoso, sob a acusação de tentar corromper a juventude e de não acreditar nos deuses gregos, foi condenado a suicidar-se tomando o veneno cicuta, sentença cumprida em Atenas. Não deixou qualquer trabalho escrito. Os dados sobre sua obra e personalidade tornaram-se conhecidos por intermédio dos DIÁLOGOS, de seu discípulo Platão, da comédia NUVENS, de Aristófanes, e das MEMÓRIAS DE SÓCRATES, de Xenofonte.
Quanto a mim, advogado e professor universitário aposentado, ocuparei a Cadeira 2, nela sucedendo a saudosa Hilda Rodrigues Borges de Araújo, que tanto a dignificou. Terei como Patrono CLÓVIS BEVILÁQUA, um dos maiores juristas do Brasil, filósofo, professor universitário e membro fundador da Academia Brasileira de Letras, onde ocupou a Cadeira 14, cujo patrono era Franklin Távora. Nasceu em Viçosa (Ceará), em outubro de 1859, e faleceu em 1944, no Rio de Janeiro. Foi designado em 1899, pelo governo de então, para redigir o anteprojeto do Código Civil Brasileiro, o qual foi promulgado em 1916 e vigorou durante mais de oitenta e cinco anos, de 1º de janeiro de 1917 a 10 de janeiro de 2003, passando a viger, em 11 de janeiro de 2003, o novo Código Civil. A par de extensa obra jurídica, publicou também alguns volumes sobre filosofia, além de ensaios literários, escritos de ficção e de reflexões pessoais.
Prosseguindo em senda atrás iniciada, reitere-se que as Academias de Letras e Artes têm um comprometimento institucional com o setor cultural, traduzido em um liame indissolúvel das mesmas com as exigências sociais das comunidades em que se inserem.
Entre essas exigências, ocupa lugar de destaque a política educacional de responsabilidade dos Governos Federal, Estadual e Municipal, sendo indiscutíveis as melhorias já operadas, a respeito. Assim, nas Universidades Públicas, aumentou-se o número de vagas, aprimorou-se o nível do ensino, melhorou-se consideravelmente a remuneração de professores e servidores administrativos, etc. Criou-se um programa governamental de bolsas de estudo e de financiamento a estudantes carentes das Universidades particulares, as quais, também, vêm conseguindo avanços, embora algumas delas não no mesmo ritmo das públicas. Logicamente, ainda há deficiências a serem supridas em ambas as esferas, o que reclama uma fiscalização permanente e sempre rigorosa do Ministério da Educação.
Entretanto, o mesmo não se pode dizer do Ensino Fundamental e do Médio , nos quais, não obstante os progressos obtidos, ainda há uma multiplicidade de problemas a serem superados. Especialmente nas escolas públicas, observam-se instalações físicas insatisfatórias, número insuficiente de professores e exígua remuneração dos mesmos, carência de vagas, alta evasão escolar e outras conhecidas impropriedades.No que concerne às particulares, bem mais eficientes, o acesso às mesmas é limitado a poucos em função de seu elevado custo financeiro, fazendo-as inacessíveis para alunos de baixo poder aquisitivo.
Isto posto, uma política educacional e cultural adequada e acessível a todos revela-se determinante na extirpação ou redução de outras graves questões sociais, como o analfabetismo e a miséria de vastas camadas da população, a violência e a criminalidade crescentes, o deletério vício das drogas, a corrupção insuportável e a impunidade aviltante, males que flagelam e degradam considerável contingente de pessoas, mormente jovens. É pertinente, aqui, o repisado aforismo de que “uma escola que se abre é uma prisão que se fecha, no futuro”.
Enfim, cada um de nós, individualmente e no âmbito familiar, pode e deve influir no equacionamento desses problemas, ora abordados somente em ligeiro aceno e no intuito de induzir um despertar de consciência. Outrossim, em conjunto e valendo-se das associações comunitárias, resultados satisfatórios serão atingidos mais facilmente e em maior extensão, dada a sinergia de forças daí resultante.
A muitos, essas elucubrações poderão parecer um sonho inatingível. Não olvidemos, porém, que o sonho é o alimento da imaginação, onde se fomentam as ideias geradoras de ações e de soluções pretendidas. E, para amenizar a aridez desta fala, é oportuno trazer a lume a poesia “Se eu morresse amanhã”, de autoria do grande poeta ÁLVARES DE AZEVEDO, cuja estrofe final está vazada nos seguintes termos:
“Descanse o meu leito solitário
Na floresta dos homens esquecida,
Ao pé de uma cruz e escrevam nela:
Foi poeta, sonhou e amou na vida”.
Este último verso, “foi poeta, sonhou e amou na vida”, é considerado um dos mais belos da língua portuguesa, pela sua sensibilidade no exaltar, ao lado do amor e da poesia, a transcendência e a força dos sonhos.
Permito-me acentuar ser a vida uma sucessão de oportunidades, que não se repetem e reclamam a nossa pronta intervenção para aproveitá-las. É o que nos transmite o sábio filósofo, pensador e matemático persa, OMAR KAHYAN:
“Quatro coisas não voltam jamais:
A seta desfechada,
A palavra proferida,
A água que passou no moinho
E a oportunidade perdida”.
Encerrando, destaque-se o admirável entrelaçamento dessas reflexões do poeta e do filósofo, tão distanciados entre si no tempo e no espaço, mas muito próximos em sabedoria. De nossa parte, por um imperativo de consciência e de civismo, cumpre-nos cultivar com desvelo os sonhos bons e dadivosos, sem perder a oportunidade de concretizá-los em prol do bem coletivo. Roguemos a Deus que nos dê o desprendimento, a lucidez e a tenacidade indispensáveis para não esmorecermos ante empreitada tão nobre quão difícil de palmilhar."
"Senhoras e Senhores:
Imensa é a minha alegria por retornar à Academia de Letras e Artes de Araguari, na qualidade de membro efetivo da mesma. Digo retornar, por já ter participado, a convite do saudoso e inesquecível Abdala Mameri, de seus passos iniciais e antes de lhe ser dada a atual conformação. Por impedimentos de ordem pessoal, fui levado, a contragosto, a dela desligar-me.
Sem dúvida, integrar a Casa de Abdala Mameri é algo que nos orgulha e desvanece, a mim e aos outros novos acadêmicos, não por mera vaidade, mas sim por tratar-se de uma proficiente instituição, composta por pessoas que se dedicam à cultura em todos os seus matizes e cujo objetivo precípuo é o incentivo à produção literária e artística, atividade tão bem conduzida pela atual Diretoria, presidida por Regina Maria Duarte Mota, e por todas aquelas que a antecederam.
Honra-me, igualmente, o ensejo de estar representando os demais acadêmicos ora empossados, aos quais agradeço a generosa indicação e, simultaneamente, peço vênia para nominá-los e tecer breves referências a respeito de seus patronos, por ser esta uma praxe nas cerimônias de posse da Academia.
Acadêmico DENNIS GARCIA XAVIER, filósofo, ocupará a Cadeira 37 e terá, como patrono, HERÁCLITO DE ÉFESO, filósofo grego pré-socrático da Escola Jônica, nascido em Éfeso, cidade grega na região da Jônia (atual Turquia), em 540/535 a.C. e falecido em 475/470 a.C. No seu entender, o fogo seria o elemento primitivo da matéria, do qual deriva tudo o que nos circunda. Em fragmentos de seus escritos, encontrados em obras posteriores de outros filósofos, constata-se que seus principais estudos se voltavam para a Metafísica, Ética, Epistemologia e Política.
Acadêmico LUIZ CARLOS SALGADO, músico e poeta, ocupará a Cadeira 38 e terá, como Patronesse, INEZITA BARROSO, nascida na cidade de São Paulo, em 04 de março de 1925. Cantora das mais importantes estações de rádio do Brasil, também participou de filmes para o cinema. Após, dedicou-se ao estudo do folclore brasileiro e tornou-se professora dessa atividade cultural. Tem mais de setenta discos gravados, documentários e programas produzidos para a televisão, além de apresentações de seu repertório folclórico em várias partes do mundo.
Acadêmica THEREZINHA RODRIGUES DOS REIS, artista plástica, ocupará a Cadeira 39 e terá, como Patronesse, ANITA CATARINA MALFATTI, pintora, desenhista, gravadora e professora, nascida na cidade de São Paulo, em 1896, e falecida em 06 de novembro de 1964. Em 1912, foi enviada, por seus pais, à Alemanha, onde cursou a Academia de Belas-Artes de Berlim. Da Alemanha, algum tempo depois, dirigiu-se a Paris e, em 1914, retornou ao Brasil, realizando então sua primeira exposição individual. Em 1917, após estudos feitos nos Estados Unidos, realizou outra exposição. Considerada como a vanguarda do modernismo brasileiro, seus trabalhos foram expostos na Semana de Arte Moderna de 1922, realizada em São Paulo.
Acadêmico MARCO AURÉLIO FARIA COELHO, filósofo e ambientalista, ocupará a Cadeira 40 e terá, como Patrono, SÓCRATES, filósofo grego nascido em Atenas (470 a. C. – 399 a. C.). Tido, em sua época, como o mais sábio dos homens, dedicou-se a estudos sobre a natureza da alma humana e à busca do conhecimento, usando o diálogo como método para levar as pessoas a reconhecerem a própria ignorância e procurando converter os cidadãos de Atenas à sabedoria e à virtude. Denunciado como subversivo e impiedoso, sob a acusação de tentar corromper a juventude e de não acreditar nos deuses gregos, foi condenado a suicidar-se tomando o veneno cicuta, sentença cumprida em Atenas. Não deixou qualquer trabalho escrito. Os dados sobre sua obra e personalidade tornaram-se conhecidos por intermédio dos DIÁLOGOS, de seu discípulo Platão, da comédia NUVENS, de Aristófanes, e das MEMÓRIAS DE SÓCRATES, de Xenofonte.
Quanto a mim, advogado e professor universitário aposentado, ocuparei a Cadeira 2, nela sucedendo a saudosa Hilda Rodrigues Borges de Araújo, que tanto a dignificou. Terei como Patrono CLÓVIS BEVILÁQUA, um dos maiores juristas do Brasil, filósofo, professor universitário e membro fundador da Academia Brasileira de Letras, onde ocupou a Cadeira 14, cujo patrono era Franklin Távora. Nasceu em Viçosa (Ceará), em outubro de 1859, e faleceu em 1944, no Rio de Janeiro. Foi designado em 1899, pelo governo de então, para redigir o anteprojeto do Código Civil Brasileiro, o qual foi promulgado em 1916 e vigorou durante mais de oitenta e cinco anos, de 1º de janeiro de 1917 a 10 de janeiro de 2003, passando a viger, em 11 de janeiro de 2003, o novo Código Civil. A par de extensa obra jurídica, publicou também alguns volumes sobre filosofia, além de ensaios literários, escritos de ficção e de reflexões pessoais.
Prosseguindo em senda atrás iniciada, reitere-se que as Academias de Letras e Artes têm um comprometimento institucional com o setor cultural, traduzido em um liame indissolúvel das mesmas com as exigências sociais das comunidades em que se inserem.
Entre essas exigências, ocupa lugar de destaque a política educacional de responsabilidade dos Governos Federal, Estadual e Municipal, sendo indiscutíveis as melhorias já operadas, a respeito. Assim, nas Universidades Públicas, aumentou-se o número de vagas, aprimorou-se o nível do ensino, melhorou-se consideravelmente a remuneração de professores e servidores administrativos, etc. Criou-se um programa governamental de bolsas de estudo e de financiamento a estudantes carentes das Universidades particulares, as quais, também, vêm conseguindo avanços, embora algumas delas não no mesmo ritmo das públicas. Logicamente, ainda há deficiências a serem supridas em ambas as esferas, o que reclama uma fiscalização permanente e sempre rigorosa do Ministério da Educação.
Entretanto, o mesmo não se pode dizer do Ensino Fundamental e do Médio , nos quais, não obstante os progressos obtidos, ainda há uma multiplicidade de problemas a serem superados. Especialmente nas escolas públicas, observam-se instalações físicas insatisfatórias, número insuficiente de professores e exígua remuneração dos mesmos, carência de vagas, alta evasão escolar e outras conhecidas impropriedades.No que concerne às particulares, bem mais eficientes, o acesso às mesmas é limitado a poucos em função de seu elevado custo financeiro, fazendo-as inacessíveis para alunos de baixo poder aquisitivo.
Isto posto, uma política educacional e cultural adequada e acessível a todos revela-se determinante na extirpação ou redução de outras graves questões sociais, como o analfabetismo e a miséria de vastas camadas da população, a violência e a criminalidade crescentes, o deletério vício das drogas, a corrupção insuportável e a impunidade aviltante, males que flagelam e degradam considerável contingente de pessoas, mormente jovens. É pertinente, aqui, o repisado aforismo de que “uma escola que se abre é uma prisão que se fecha, no futuro”.
Enfim, cada um de nós, individualmente e no âmbito familiar, pode e deve influir no equacionamento desses problemas, ora abordados somente em ligeiro aceno e no intuito de induzir um despertar de consciência. Outrossim, em conjunto e valendo-se das associações comunitárias, resultados satisfatórios serão atingidos mais facilmente e em maior extensão, dada a sinergia de forças daí resultante.
A muitos, essas elucubrações poderão parecer um sonho inatingível. Não olvidemos, porém, que o sonho é o alimento da imaginação, onde se fomentam as ideias geradoras de ações e de soluções pretendidas. E, para amenizar a aridez desta fala, é oportuno trazer a lume a poesia “Se eu morresse amanhã”, de autoria do grande poeta ÁLVARES DE AZEVEDO, cuja estrofe final está vazada nos seguintes termos:
“Descanse o meu leito solitário
Na floresta dos homens esquecida,
Ao pé de uma cruz e escrevam nela:
Foi poeta, sonhou e amou na vida”.
Este último verso, “foi poeta, sonhou e amou na vida”, é considerado um dos mais belos da língua portuguesa, pela sua sensibilidade no exaltar, ao lado do amor e da poesia, a transcendência e a força dos sonhos.
Permito-me acentuar ser a vida uma sucessão de oportunidades, que não se repetem e reclamam a nossa pronta intervenção para aproveitá-las. É o que nos transmite o sábio filósofo, pensador e matemático persa, OMAR KAHYAN:
“Quatro coisas não voltam jamais:
A seta desfechada,
A palavra proferida,
A água que passou no moinho
E a oportunidade perdida”.
Encerrando, destaque-se o admirável entrelaçamento dessas reflexões do poeta e do filósofo, tão distanciados entre si no tempo e no espaço, mas muito próximos em sabedoria. De nossa parte, por um imperativo de consciência e de civismo, cumpre-nos cultivar com desvelo os sonhos bons e dadivosos, sem perder a oportunidade de concretizá-los em prol do bem coletivo. Roguemos a Deus que nos dê o desprendimento, a lucidez e a tenacidade indispensáveis para não esmorecermos ante empreitada tão nobre quão difícil de palmilhar."
Deixe um comentário