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Liberdade de imprensa

Aristeu Nogueira Soares

A liberdade de imprensa só cumpre seu papel quando alguém é preso e lá fica.

A liberdade de imprensa deve acabar porque ela nos mostra o que não deveríamos ver. De quê adianta ver autoridades algemadas se antes do pôr-do-sol já se evadiram da prisão? Às vezes nem chegam a ver o sol nascer quadrado.

Pra quê CPIs se eles nem conseguem limpar a pauta? A imprensa serve somente para divulgar que o crime compensa. A impunidade é matéria constante da telinha. Ibope alto. A imprensa investe maciçamente em alguns casos e a seguir os abandonam por outro filão televisivo. Tudo gira em torno de audiência e não de moralidade.

A imprensa, os políticos, os magistrados, os legisladores e os empresários estão mais sujos que puleiro de patos.

O povo também não fica atrás – cada qual está envolvido com menor ou maior grau na corrupção que nos assola até o ventre. No mínimo, o povo, torna-se responsável por aqueles que elege.

Se for pra não ver a punição, prefiro não ver nada, pelo menos se tem a impressão que tudo é um céu e não há incentivo imoral à população.

Ainda somos, portanto, terceiro mundo...

Primeiro mundo não é a falta de corrupção, mas a presença das conseqüências danosas aos infratores.

3 comentários:

  1. Aristeu, você me deixou na dúvida amigo...

    Se assino moção de apoio ou aplauso !!!

    Parabéns.

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  2. Chovendo no molhado, quero parabenizar ao Aristeu novamente.
    Corrupção sempre existiu. O que muda, no tempo e no lugar, é a sua percepção. Deflagrar esse abrir de olhos é, talvez, a principal função da imprensa.
    Por outro lado, nenhum direito é absoluto. Assim, faz-se necessária a existência de uma lei de imprensa, destinada a tolher eventuais excessos causadores de danos a terceiros.
    Interessante registrar que essa idéia aristeuniana de se esconder das notícias é algo relativamente comum entre as pessoas. Já ouvi de outros a amigos a intenção de ir, sem volta, para um local longe de qualquer informação. Em outras palavras, afastados da percepção corrupçao, parece ser mais fácil alcançar a felicidade.
    Eu confesso que já pensei nisso também, mas, a exemplo dos demais, ainda não tive coragem de fazê-lo. Acredito que, pelo simples fato de sermos cidadãos, temos não somente o direito, mas principalmente o dever de, buscando decodificar os fatos e os discursos do poder, fazer algo para melhorar o mundo que nos cerca. É uma luta dificil, bem sabemos, mas combater o bom combate é uma das formas de justificar a nossa efêmera presença aqui na Terra.

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  3. Muitas vezes o que vemos na televisão e jornais é somente uma ponta do iceberg da corrupção. As grandes redes de comunicação somente fazem a pauta da imprensa em geral. Se queremos ver os desdobramentos da notícia temos que buscar novas fontes. Mas se não fosse a imprensa seria pior, mesmo que a punição decepcione alguns que apressadamente fazem o julgamento no momento que ouvem a notícia. E veja que a decepção ainda deve gerar a correção da leis. Sem a divulgação da corrupção seria pior para os cidadãos e para os funcionários públicos que se protegem chamando os jornalistas para registrar e publicar os fatos. Caso contrário ficariam nos processos internos das repartições da Polícia Federal, da CGU, do TCU, etc. Quantas reportagens passariam desapercebidas dos cidadãos e da própria punição se não fossem as que motivaram cpi's e até a derrubada do Collor. Aí você vai dizer que não vemos punição. Eu entendo que os juizes precisam de inquéritos bem montados, provas irrefutáveis e leis bem feitas para fazerem o julgamento justo. Enfim: a Justiça não é imediatista e não está ao nosso sabor, muito menos se pauta pela vontade da imprensa!

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