Liberdade de imprensa

A liberdade de imprensa só cumpre seu papel quando alguém é preso e lá fica.
A liberdade de imprensa deve acabar porque ela nos mostra o que não deverÃamos ver. De quê adianta ver autoridades algemadas se antes do pôr-do-sol já se evadiram da prisão? Às vezes nem chegam a ver o sol nascer quadrado.
Pra quê CPIs se eles nem conseguem limpar a pauta? A imprensa serve somente para divulgar que o crime compensa. A impunidade é matéria constante da telinha. Ibope alto. A imprensa investe maciçamente em alguns casos e a seguir os abandonam por outro filão televisivo. Tudo gira em torno de audiência e não de moralidade.
A imprensa, os polÃticos, os magistrados, os legisladores e os empresários estão mais sujos que puleiro de patos.
O povo também não fica atrás – cada qual está envolvido com menor ou maior grau na corrupção que nos assola até o ventre. No mÃnimo, o povo, torna-se responsável por aqueles que elege.
Se for pra não ver a punição, prefiro não ver nada, pelo menos se tem a impressão que tudo é um céu e não há incentivo imoral à população.
Ainda somos, portanto, terceiro mundo...
Primeiro mundo não é a falta de corrupção, mas a presença das conseqüências danosas aos infratores.
Aristeu, você me deixou na dúvida amigo...
ResponderExcluirSe assino moção de apoio ou aplauso !!!
Parabéns.
Chovendo no molhado, quero parabenizar ao Aristeu novamente.
ResponderExcluirCorrupção sempre existiu. O que muda, no tempo e no lugar, é a sua percepção. Deflagrar esse abrir de olhos é, talvez, a principal função da imprensa.
Por outro lado, nenhum direito é absoluto. Assim, faz-se necessária a existência de uma lei de imprensa, destinada a tolher eventuais excessos causadores de danos a terceiros.
Interessante registrar que essa idéia aristeuniana de se esconder das notÃcias é algo relativamente comum entre as pessoas. Já ouvi de outros a amigos a intenção de ir, sem volta, para um local longe de qualquer informação. Em outras palavras, afastados da percepção corrupçao, parece ser mais fácil alcançar a felicidade.
Eu confesso que já pensei nisso também, mas, a exemplo dos demais, ainda não tive coragem de fazê-lo. Acredito que, pelo simples fato de sermos cidadãos, temos não somente o direito, mas principalmente o dever de, buscando decodificar os fatos e os discursos do poder, fazer algo para melhorar o mundo que nos cerca. É uma luta dificil, bem sabemos, mas combater o bom combate é uma das formas de justificar a nossa efêmera presença aqui na Terra.
Muitas vezes o que vemos na televisão e jornais é somente uma ponta do iceberg da corrupção. As grandes redes de comunicação somente fazem a pauta da imprensa em geral. Se queremos ver os desdobramentos da notÃcia temos que buscar novas fontes. Mas se não fosse a imprensa seria pior, mesmo que a punição decepcione alguns que apressadamente fazem o julgamento no momento que ouvem a notÃcia. E veja que a decepção ainda deve gerar a correção da leis. Sem a divulgação da corrupção seria pior para os cidadãos e para os funcionários públicos que se protegem chamando os jornalistas para registrar e publicar os fatos. Caso contrário ficariam nos processos internos das repartições da PolÃcia Federal, da CGU, do TCU, etc. Quantas reportagens passariam desapercebidas dos cidadãos e da própria punição se não fossem as que motivaram cpi's e até a derrubada do Collor. Aà você vai dizer que não vemos punição. Eu entendo que os juizes precisam de inquéritos bem montados, provas irrefutáveis e leis bem feitas para fazerem o julgamento justo. Enfim: a Justiça não é imediatista e não está ao nosso sabor, muito menos se pauta pela vontade da imprensa!
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