Domicílios com microcomputador têm queda de 3,4% pela 1ª vez em 7 anos
FLÁVIA VILELA/Agência Brasil - O número de domicílios brasileiros que possuíam microcomputador em 2015 caiu pela primeira vez desde 2008, segundo dados da Pesquisa Nacional de Amostras de Domicílios (Pnad) 2015, divulgada nesta sexta-feira (25), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
As regiões Norte e o Nordeste apresentaram as menores proporções de domicílios com microcomputador (26,7% e 30,3%, respectivamente. Foto: Agência Brasil/EBC |
A redução foi de 3,4% em relação ao ano anterior na primeira queda desde 2008. Dos 31,4 milhões de domicílios com computador em 2015, desse total 27,5 milhões de unidades domiciliares tinham computador com acesso à internet. As proporções de domicílios com microcomputador (46,2%) e com microcomputador com acesso à internet (40,5%) também caíram 2,3 e 1,6 pontos percentuais, respectivamente, na comparação com 2014.
Quando o computador da casa da professora de inglês carioca Marilene dos Santos, 41 anos, quebrou, ela decidiu que não valia a pena comprar outro. “Já quase não usávamos. Acho que quebrou por falta de uso. Tudo o que fazia nele, agora faço no meu celular de onde quiser. Acho que a tendência é esse bem deixar de existir”, disse ela.
O Norte e o Nordeste apresentaram as menores proporções de domicílios com microcomputador (26,7% e 30,3%, respectivamente). Em relação a 2014, os domicílios com algum tipo de telefone praticamente não variaram (93,3%), enquanto os lares com celular cresceram 1,7 ponto percentual chegando 39,5 milhões de residências (58%). Esse aumento foi maior nas regiões Norte (74,7%) e Nordeste (72,8%).
Em 2015, cerca de 139 milhões de pessoas de 10 anos ou mais de idade tinham celular, um crescimento de 1,8% (2,5 milhões de novos celulares). A faixa de pessoas com posse de telefone móvel celular, que em 2014 era de 77,9%, passou a 78,3% do total. A região Sudeste teve maior crescimento em números absolutos (1,4 milhão de pessoas). Em termos relativos, o Centro-Oeste obteve o maior crescimento (3%), seguido do Sudeste (2,2%), Sul (1,9%), Norte (1,3%) e Nordeste (0,8%) .
O acesso à internet cresceu 7,1% em 2015 e aproximadamente 102 milhões de pessoas de 10 anos ou mais de idade acessaram a rede. A proporção de internautas passou de 54,4% para 57,5% da população entre 2014 e 2015.
O crescimento ocorreu em todas as regiões, mas foi maior no Centro-Oeste (8,7%), no Nordeste (8,4%) e no Sudeste (6,8%). O maior contingente de internautas (65,1%) estava no Sudeste, seguido do Sul (61,1%), Centro-Oeste (64%), Norte (46,2%) e Nordeste (45,1%).
Os adolescentes foram os que mais acessaram a internet, sobretudo, os de idade entre 15 e 17 anos e de 18 ou 19 anos (82% e 82,9% do total de usuários). Entretanto, na comparação com 2014, os maiores aumentos de usuários foram observados nos grupos de 40 a 49 anos de idade e de 50 anos ou mais (13,9% e 20,1%,respectivamente).
Acesso à máquina de lavar continua crescendo
Ainda de acordo com o IBGE, o número de domicílios brasileiros com máquina de lavar roupa aumentou 5,7% em 2015 na comparação com 2014. Cerca 61% dos 68 milhões de lares estimados no país tinham esse bem durável.
As regiões Norte (39,5%) e Nordeste (30,7%) ficaram abaixo da proporção média do Brasil relativamente à posse do bem. Já fogão (98,8%), geladeira (97,8%) e televisão (97,1%) estavam presentes em quase a totalidades das moradias do país.
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