A advocacia e a justiça
Depoimento do advogado Neiton de Paiva Neves à jornalista Lêda Pinho, no jornal Gazeta do Triângulo:
"Pessoal e profissionalmente, não posso me queixar, apesar das dificuldades no exercício da advocacia terem aumentado com o passar dos anos. Quem tem memória e, como eu, acompanhou as mudanças todas, nas leis substantivas e adjetivas, na burocracia forense, nas posturas dos magistrados, promotores, serventuários etc., sabe o quanto mudou e pode palpitar sobre o que melhorou e o que piorou. Mas, como no caso palpitar nada resolve, invoco a que disse outro dia Élio Gaspari, frasista de primeira, referindo-se ao que acontece nos tribunais superiores, em Brasília: - “O magistrado pode achar que é Deus. O procurador acha que advoga em nome do Padre Eterno. Já o advogado militante rala e, às vezes, é confundido com o demônio” (Folha de S. Paulo, 8.1.12).
Guardadas as diferenças de nomenclatura e as proporções, o mesmo acontece nas instâncias menores. Mas, sou um advogado que gosto do que faço e me esforço para fazer bem. Muito me incomoda a existência de advogados, magistrados, membros do ministério público, advogados e outras pessoas ligadas à aplicação da justiça envolvidas na prática de corrupção, como tem sido divulgado. A Justiça é, quase sempre, a última esperança das pessoas. Deve ser íntegra e honesta, rápida e justa. Para isso e nisso, todos são responsáveis."
Leia mais em "Cara a Cara: Lêda Pinho entrevista Dr. Neiton de Paiva Neves"
"Pessoal e profissionalmente, não posso me queixar, apesar das dificuldades no exercício da advocacia terem aumentado com o passar dos anos. Quem tem memória e, como eu, acompanhou as mudanças todas, nas leis substantivas e adjetivas, na burocracia forense, nas posturas dos magistrados, promotores, serventuários etc., sabe o quanto mudou e pode palpitar sobre o que melhorou e o que piorou. Mas, como no caso palpitar nada resolve, invoco a que disse outro dia Élio Gaspari, frasista de primeira, referindo-se ao que acontece nos tribunais superiores, em Brasília: - “O magistrado pode achar que é Deus. O procurador acha que advoga em nome do Padre Eterno. Já o advogado militante rala e, às vezes, é confundido com o demônio” (Folha de S. Paulo, 8.1.12).
Guardadas as diferenças de nomenclatura e as proporções, o mesmo acontece nas instâncias menores. Mas, sou um advogado que gosto do que faço e me esforço para fazer bem. Muito me incomoda a existência de advogados, magistrados, membros do ministério público, advogados e outras pessoas ligadas à aplicação da justiça envolvidas na prática de corrupção, como tem sido divulgado. A Justiça é, quase sempre, a última esperança das pessoas. Deve ser íntegra e honesta, rápida e justa. Para isso e nisso, todos são responsáveis."
Leia mais em "Cara a Cara: Lêda Pinho entrevista Dr. Neiton de Paiva Neves"
Li a entrevista e aprendi, portanto, para mim, foi uma lição. Aula dupla, já que tanto as perguntas, quanto as respostas foram de dois grandes profissionais. Pessoas cultas que não impõem barreiras ou condições ao diálogo.
ResponderExcluirTem razão o nosso ilustre advogado quando diz que a justiça é a última esperança das pessoas. Ela é o refúgio final, quando nada mais resta. O dia em que o Poder Judiciário não tiver mais credibilidade, tudo estará podre no país!
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