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Os salários dos prefeitos em Minas Gerais

Há uma semana o [jornal] Estado de Minas mostra abusos de chefes do Executivo que recebem salários bem maiores que o governador Aécio Neves (R$ 10,5 mil) e o presidente Lula (R$ 11,4 mil), em desacordo com a realidade do município. Como não existem normas nem critérios que estabeleçam o valor, seja pelo número de habitantes ou pela arrecadação da cidade, as distorções estão por todos os lados. O pior é que, enquanto os salários sobem, faltam investimentos em educação, saúde e na infraestrutura das cidades. Em Inhaúma, na Região Central, obras paradas prejudicam o abastecimento de água e o tratamento do esgoto. Em Dores do Indaiá, no Centro-Oeste do estado, professores se desdobram para sobreviver com pouco mais de um salário mínimo.

A grande maioria dos moradores de Grupiara, no Alto Paranaíba, também vive com R$ 465 mensais. Por ano, cada um dos 1,4 mil habitantes precisa desembolsar R$ 82,81 para bancar o salário do prefeito, que é de R$ 9 mil. O valor é quase 800 vezes maior do que os belo-horizontinos pagam para manter o salário de Márcio Lacerda (PSB), que é um dos mais altos entre as capitais (R$ 19 mil).

A poucos quilômetros dali, os moradores de Douradoquara contribuem com R$ 51,35 por ano para bancar o salário de R$ 7,3 mil do prefeito. Nos dois casos, é bem mais do que cada brasileiro paga para manter a estrutura do Congresso Nacional. Estudo da organização não governamental Transparência Brasil mostra que cada habitante contribui anualmente com R$ 18,14 para a Câmara dos Deputados e R$ 14,35 para o Senado.

Dividir o salário do prefeito pelo número dos habitantes do município mostra as distorções e o tamanho do problema. Em Doresópolis, cidade de 1,4 mil habitantes, o salário do prefeito é de R$ 3 mil e a contribuição anual, ainda que alta, é de R$ 26,13. Bem menos do que os moradores de Grupiara e Douradoquara pagam. Leia mais em Prefeitos esbanjam altos salários em cidades mineiras

3 comentários:

  1. O pior de tudo, é a falta de retorno do "investimento" com o quase absuluto abandono das políticas públicas inclusivas.

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  2. E tais ganhos referem-se apenas aos salários. Por debaixo dos panos que a gente se dá mal.

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  3. É excesso de cara de pau! Estas pequenas cidades que sobrevivem quase que exclusivamente de financiamento federal, pagar estes salários absurdos para os prefeitos.Está faltando seriedade no desempenho dos cargos públicos. Acorda, Brasil!

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