Paz e Alegria, sempre!
MarÃlia Alves Cunha
Pensei em pegar garupa na idéia de uma amiga: entrar em sono profundo no dia 22 de dezembro e só acordar no dia 6 de janeiro. Nestas alturas, as árvores de natal com suas luzinhas piscantes e coloridas já estariam devidamente encaixotadas, os presépios descansando em mais um ano de recesso e os Reis Magos, cumprida a missão oficial, de volta para seu canto. O mundo novamente em perÃodo de completa normalidade... Como se pudesse! DifÃcil atravessar esta época. O coração fica apertado, lembranças desencadeadas em cascata, saudades de tempos, pessoas, certeza que apenas o presente existe agora, parte de nossas vidas perdidas num passado que, a contragosto, nunca reavivaremos.
Pensei mais um pouquinho e refiz a idéia de dormir. Afinal de contas, estas festividades todas têm o seu lado positivo. Nós, seres humanos, carecemos de rituais, este conjunto de práticas religiosas ou simbólicas que aproximam as pessoas e fazem sua identificação como ser humano. E reflitam, milhares de vezes soarão as palavras “feliz”, ”saúde”, “paz”, “próspero”, exalando pelo mundo energias positivas. É de se reparar que, de quando em vez, a fraternidade até existe!
No findar de ano, muita coisa a agradecer: a chuva gostosa que embala o sono, o sol que energiza o corpo, a natureza a nos presentear todos os dias com seu maravilhoso espetáculo, a vida correndo em nossas veias, o bem que pudemos ou tentamos fazer, o amor que nos enterneceu ou que nos aqueceu de intensa paixão, um olhar de reconforto e carinho, um gesto amigo e irmão, um perdão que aliviou a mente e deixou sem peso o coração.
E coisas a repensar: necessário mudar o rumo da vida, para que nossas convicções nos mantenham de pé e nossa fé não desabe por inteiro. A bala perdida que fere de morte pessoas inocentes não é castigo divino, é escolha humana. As casas que rolam pelas ribanceiras ao fragor da chuva, as famÃlias desabrigadas que padecem de fome, sede, desesperança e medo, não são castigo divino, são escolhas humanas. A natureza que, agredida ao extremo, volta-se contra o agressor, não é castigo divino, é escolha humana. A violência que nos acovarda, diminui, mata, não é castigo divino, é escolha humana. A miséria que campeia o mundo, trazendo fome, doença, revolta, não é castigo divino, é escolha humana. Os conflitos, as guerras, os atos de terror, não são castigos divinos, são escolhas humanas. As famÃlias destruÃdas pela intolerância, pelo egoÃsmo, pelo desamor, não são castigos divinos, são escolhas humanas. A droga, que aniquila e destrói nossa juventude e põe em risco a sociedade não é castigo divino, é escolha humana. O abuso de poder, que provoca tragédias e desacredita a autoridade, não é castigo divino, é escolha humana. A nossa pequenez, diante de um Universo tão grande e maravilhoso e o fato de não nos darmos conta disto não é castigo divino, é escolha humana.
Brindando com uma espumante champagne e agarrada no meu patuá... (superstição aqui, chegou e parou!) continuo pedindo a Deus que nos proteja sempre e quem sabe, possa inspirar a humanidade e fazê-la um pouco mais humilde e sábia, uma humanidade que tenha altura e calibre para fazer escolhas mais acertadas e condizentes com o tamanho da felicidade que todos nós sonhamos viver.
Pensei em pegar garupa na idéia de uma amiga: entrar em sono profundo no dia 22 de dezembro e só acordar no dia 6 de janeiro. Nestas alturas, as árvores de natal com suas luzinhas piscantes e coloridas já estariam devidamente encaixotadas, os presépios descansando em mais um ano de recesso e os Reis Magos, cumprida a missão oficial, de volta para seu canto. O mundo novamente em perÃodo de completa normalidade... Como se pudesse! DifÃcil atravessar esta época. O coração fica apertado, lembranças desencadeadas em cascata, saudades de tempos, pessoas, certeza que apenas o presente existe agora, parte de nossas vidas perdidas num passado que, a contragosto, nunca reavivaremos.
Pensei mais um pouquinho e refiz a idéia de dormir. Afinal de contas, estas festividades todas têm o seu lado positivo. Nós, seres humanos, carecemos de rituais, este conjunto de práticas religiosas ou simbólicas que aproximam as pessoas e fazem sua identificação como ser humano. E reflitam, milhares de vezes soarão as palavras “feliz”, ”saúde”, “paz”, “próspero”, exalando pelo mundo energias positivas. É de se reparar que, de quando em vez, a fraternidade até existe!
No findar de ano, muita coisa a agradecer: a chuva gostosa que embala o sono, o sol que energiza o corpo, a natureza a nos presentear todos os dias com seu maravilhoso espetáculo, a vida correndo em nossas veias, o bem que pudemos ou tentamos fazer, o amor que nos enterneceu ou que nos aqueceu de intensa paixão, um olhar de reconforto e carinho, um gesto amigo e irmão, um perdão que aliviou a mente e deixou sem peso o coração.
E coisas a repensar: necessário mudar o rumo da vida, para que nossas convicções nos mantenham de pé e nossa fé não desabe por inteiro. A bala perdida que fere de morte pessoas inocentes não é castigo divino, é escolha humana. As casas que rolam pelas ribanceiras ao fragor da chuva, as famÃlias desabrigadas que padecem de fome, sede, desesperança e medo, não são castigo divino, são escolhas humanas. A natureza que, agredida ao extremo, volta-se contra o agressor, não é castigo divino, é escolha humana. A violência que nos acovarda, diminui, mata, não é castigo divino, é escolha humana. A miséria que campeia o mundo, trazendo fome, doença, revolta, não é castigo divino, é escolha humana. Os conflitos, as guerras, os atos de terror, não são castigos divinos, são escolhas humanas. As famÃlias destruÃdas pela intolerância, pelo egoÃsmo, pelo desamor, não são castigos divinos, são escolhas humanas. A droga, que aniquila e destrói nossa juventude e põe em risco a sociedade não é castigo divino, é escolha humana. O abuso de poder, que provoca tragédias e desacredita a autoridade, não é castigo divino, é escolha humana. A nossa pequenez, diante de um Universo tão grande e maravilhoso e o fato de não nos darmos conta disto não é castigo divino, é escolha humana.
Brindando com uma espumante champagne e agarrada no meu patuá... (superstição aqui, chegou e parou!) continuo pedindo a Deus que nos proteja sempre e quem sabe, possa inspirar a humanidade e fazê-la um pouco mais humilde e sábia, uma humanidade que tenha altura e calibre para fazer escolhas mais acertadas e condizentes com o tamanho da felicidade que todos nós sonhamos viver.
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