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PMDB não é saída para Aécio

por Ricardo Noblat (*)

O ministro das Comunicações, Hélio Costa (PMDB-MG), voltou a convidar o governador Aécio Neves, de Minas Gerais, para trocar o PSDB por seu partido para ser candidato à sucessão de Lula. Costa acha que o mais provável candidato do PSDB a presidente é o governador José Serra, de São Paulo.

- O PMDB sempre esteve de portas abertas e nós peemedebistas de braços abertos para recebê-lo amanhã, se ele quiser mudar de partido. E é muito provável que venha a acontecer, até porque nós mineiros lamentamos o fato de, sendo ele do PSDB, ficar limitado nas suas andanças de proposições como candidato a presidente da República. Venha para o PMDB - pediu Costa.

Aécio agradeceu o convite e respondeu que se sente bem onde está.

Vai longe o tempo em que Aécio cogitou de trocar de partido. Para ele, a troca só faria sentido se Lula o apoiasse para sua sucessão. O próprio Lula acenou para Aécio com o seu apoio. Mas viu que o PT não se conformaria com a indicação de um vice para o candidato de qualquer outro partido.

Então Lula se fixou de vez no nome da ministra Dilma Rousseff, da Casa Civil. E Aécio descartou a hipótese de se mudar para o PMDB. Ele sentiu na pele a dura resistência do PT ao seu nome quando se juntou com Fernando Pimentel (PT), prefeito de Belo Horizonte, para eleger prefeito Márcio Lacerda (PSB).

De resto, como admite um dos seus fundadores, "o PMDB não é um partido confiável". E não é mesmo. Itamar Franco imaginou que poderia contar com o PMDB para disputar a eleição presidencial de 2002. Foi refugado na reta final da escolha. Ocorreu o mesmo em 2006 com o ex-governador do Rio Garotinho.

O PMDB ficará com Lula até seu último ano de governo. Poderá dar o vice de Dilma. Nem por isso fechará plenamente com a candidatura dela.

É da natureza do PMDB apoiar mais de um candidato a presidente para mais tarde governar com o vencedor. Em 2002, a deputada Rita Camata (PMDB-ES) foi a vice de Serra, candidato a presidente. Parte do PMDB apoiou Lula.

Trate Aécio de minar a força de Serra dentro do PSDB se quiser disputar a próxima eleição presidencial. Não será uma tarefa fácil.

(*) Ricardo Noblat é jornalista em Brasília e autor do Blog do Noblat

Um comentário:

  1. Eu acredito que os partidos não devessem ficar limitados à candidatura de apenas um candidato ao executivo. Um partido tão grande, como o PSDB, poderia lançar dois candidatos por legislatura, ora bolas!

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