Fora Madeira. Por Inocêncio Nóbrega
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Inocêncio Nóbrega
Jornalista
inocnf@gmail.com
Nosso país, ao longo desses três últimos séculos, experimentou semelhantes episódios, pondo em perigo sua institucionalidade. Comecemos pelo “Fico”, de 9 de janeiro de 1822, no momento em que o Rio de Janeiro, cérebro político de todos os brasileiros, não aceitava, sob qualquer pretexto, a volta de D. Pedro, exigida pelas Cortes, as quais fixaram esse ano para o Brasil reduzir-se à Colônia. Decretos nesse sentido, trazidos pelo brigue de guerra “D. Sebastião”, chegaram a estabelecer a dissolução de vários atos baixados pelo monarca. A reação foi instantânea, logo redigida uma representação, composta de cerca de oito mil assinaturas, colhidas entre os cariocas e paulistanos, mercê das lideranças de Clemente Pereira, Gonçalves Ledo e José Bonifácio, solicitando sua permanência no Brasil, no que foi aceito.
A primeira mandatária Dilma Rousseff, em função do ignóbil posicionamento dos setores reacionários do Congresso Nacional e do empresariado, engendram seu impedimento, que chamam de “impeachment”, do mandato de Presidente da República, para a qual foi conduzida pelo sufrágio popular. Na verdade um clássico golpe, reprisando o que se deu em Honduras e no Paraguai. Ante tal perspectiva o povo cunhou a expressão “Fica, Dilma”! Entretanto, manobras políticas e constitucionais, teve ela de ceder o cargo, pelo menos momentaneamente, ao vice Michel Temer. A estas horas a voz majoritária da esclarecida população brasileira, é pelo “Fora, Temer”!
Com o mesmo ímpeto do “Fora, Madeira”, correndo de boca em boca do povo baiano que não admitia sua coexistência no novo território livre da América Latina, a partir do brado do Ypiranga. As leis, que regiam a vontade e o pensamento em quaisquer pedaços do chão americano, era a própria força das armas, pois os confrontos com espanhóis e portugueses davam-se à miúde. Lutas acirradas e cruéis aconteceram no Recôncavo Baiano. Na Vila de Cachoeira, uma proclamação emancipatória se deu a 25 de junho. Meses de refrega, somente nos deixando vitórias, a exemplo das batalhas de Pirajá e Cabrito, com dez mil pessoas envolvidas, por soldados previamente alistados e mulheres heroínas, como Maria Quitéria e a freira Maria Angélica. Fora, Madeira, o general Inácio Luis Madeira de Melo, que comandava as tropas portuguesas, enfim expulsas, no memorável 2 de Julho de 1823, cuja data é anualmente comemorada com pompas cívico-militares pelos soteropolitanos. Cabe, pois, a todos nós reverenciá-la. À guisa dos compatriotas de ontem, diremos nós, “Fora, Temer”, numa vibração de patriotismo, que a história não esquecerá.
A primeira mandatária Dilma Rousseff, em função do ignóbil posicionamento dos setores reacionários do Congresso Nacional e do empresariado, engendram seu impedimento, que chamam de “impeachment”, do mandato de Presidente da República, para a qual foi conduzida pelo sufrágio popular. Na verdade um clássico golpe, reprisando o que se deu em Honduras e no Paraguai. Ante tal perspectiva o povo cunhou a expressão “Fica, Dilma”! Entretanto, manobras políticas e constitucionais, teve ela de ceder o cargo, pelo menos momentaneamente, ao vice Michel Temer. A estas horas a voz majoritária da esclarecida população brasileira, é pelo “Fora, Temer”!
Com o mesmo ímpeto do “Fora, Madeira”, correndo de boca em boca do povo baiano que não admitia sua coexistência no novo território livre da América Latina, a partir do brado do Ypiranga. As leis, que regiam a vontade e o pensamento em quaisquer pedaços do chão americano, era a própria força das armas, pois os confrontos com espanhóis e portugueses davam-se à miúde. Lutas acirradas e cruéis aconteceram no Recôncavo Baiano. Na Vila de Cachoeira, uma proclamação emancipatória se deu a 25 de junho. Meses de refrega, somente nos deixando vitórias, a exemplo das batalhas de Pirajá e Cabrito, com dez mil pessoas envolvidas, por soldados previamente alistados e mulheres heroínas, como Maria Quitéria e a freira Maria Angélica. Fora, Madeira, o general Inácio Luis Madeira de Melo, que comandava as tropas portuguesas, enfim expulsas, no memorável 2 de Julho de 1823, cuja data é anualmente comemorada com pompas cívico-militares pelos soteropolitanos. Cabe, pois, a todos nós reverenciá-la. À guisa dos compatriotas de ontem, diremos nós, “Fora, Temer”, numa vibração de patriotismo, que a história não esquecerá.
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