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Encontro discute sustentabilidade, tecnologias e qualidade do café no Cerrado Mineiro

Evento com intensa programação reuniu cerca de 550 participantes no Campo Experimental da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais  
Cafeicultores do Cerrado Mineiro conheceram novas variedades de café arábica com potencial para a região.
Foto: Erasmo Pereira/Epamig

Da Agência Minas - Maior município produtor de café do Brasil, Patrocínio, no Alto Paranaíba, sediou o Encontro de Inovação e Tecnologia para a Cafeicultura do Cerrado Mineiro, nesta quinta-feira (19/5). O evento reuniu cerca de 550 participantes no Campo Experimental da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) neste município, com programação de campo, minicursos e o painel “Importância da Qualidade para a Sustentabilidade do Agronegócio Café”, com a presença de especialistas da cafeicultura.

“Patrocínio se tornou importante polo produtor de café e também de pesquisa. A Epamig, juntamente com instituições parceiras, pretende potencializar os trabalhos desenvolvidos no Cerrado Mineiro. E esse Encontro já faz parte dessa integração”, ressalta o diretor de Operações Técnicas da Epamig, Trazilbo de Paula Júnior.

Na oportunidade, pesquisadores da Epamig apresentaram aos participantes novos materiais genéticos com potencial produtivo para o Cerrado Mineiro durante o Encontro. São materiais promissores, com resistência à ferrugem e que têm se destacado em relação à qualidade de bebida. No Banco de Germoplasma de Café da Epamig, um dos maiores do Brasil, os participantes puderam saber sobre os mais de 1.500 materiais implantados. “O banco é uma garantia da continuidade do programa de melhoramento genético do cafeeiro e da evolução da cafeicultura no estado", explica o pesquisador da Epamig, Antônio Alves, que contribuiu para a manutenção desse banco

Quatros novos variedades de café em fase de registro também foram reveladas aos participantes. De acordo com o pesquisador da Epamig, Gladyston Carvalho, são materiais com base na Catuaí, cultivar de café mais plantada no cerrado mineiro.

Nos minicursos, especialistas ainda falaram sobre temas como pós-colheita para a cafeicultura familiar, oportunidades para jovens no café e qualidade de café sob a percepção das mulheres envolvidas com o setor cafeeiro.

O Encontro de Inovação e Tecnologia para a Cafeicultura do Cerrado Mineiro foi realizado pela Federação dos Cafeicultores do Cerrado em parceira com Fundação de Desenvolvimento do Cerrado Mineiro (Fundaccer) e Epamig, com o apoio da Emater-MG e Consórcio Pesquisa Café.

Transferência de Tecnologias para o Cerrado mineiro

Projeto desenvolvido entre Epamig e Federação dos Cafeicultores do Cerrado Mineiro selecionou 30 produtores de 17 municípios da região. O objetivo é a destinação de um hectare em cada propriedade para a implantação de Unidades Demonstrativas, a fim de avaliar 12 cultivares de café selecionadas para os experimentos. "Estivemos com esses cafeicultores que irão receber as sementes e que serão acompanhados pela equipe técnica da Epamig”, explica o pesquisador, Gladyston Carvalho.

Para o cafeicultor Wagner Ferrero, que há cinco anos introduziu cultivares de café arábica desenvolvidas pela Epamig em sua lavoura, é constante a busca por novos materiais genéticos que tenham qualidade de bebida. Umas dos matérias que obteve bons resultados foi a cultivar MGS Paraíso 2, que recebeu na prova de xícara nota de 87,79 na escala da Sociedade Norte-Americana de Cafés Especiais (SCAA). “Fomos procurados por uma grande empresa que comercializa café expresso e cápsulas que viu um diferencial na bebida produzida pela Paraíso 2, em nossa propriedade em Patos de Minas”, comemora o cafeicultor, que herdou o ofício do pai.

A MGS Paraíso 2, originada da hibridação entre a Catuaí Amarelo IAC 30 e o híbrido de Timor UFV 445-46, é resultado do programa de Melhoramento Genético do Cafeeiro da Epamig. É uma das cultivares promissoras para Cerrado Mineiro e também apresentada durante o Encontro.

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