Mudança de turma, por Inocêncio Nóbrega
Inocêncio Nóbrega
Jornalista - inocnf@gmail.com
Evidencia-se que a conspiração em curso vem estragando nossa campanha, no passado, pela Redemocratização e pelas Diretas, Já! O atual momento tem chegado à mídia internacional e acompanhado com vivo interesse pelos países, sobretudo irmãos, principalmente parceiros de um projeto de governo popular e nacionalista. Sabem de uma democracia consolidada como a nossa, dentro de uma geografia privilegiada na América Latina, em função da sua postura independente, calcada na descolonização política e econômica do Continente.
Jornalista - inocnf@gmail.com
Evidencia-se que a conspiração em curso vem estragando nossa campanha, no passado, pela Redemocratização e pelas Diretas, Já! O atual momento tem chegado à mídia internacional e acompanhado com vivo interesse pelos países, sobretudo irmãos, principalmente parceiros de um projeto de governo popular e nacionalista. Sabem de uma democracia consolidada como a nossa, dentro de uma geografia privilegiada na América Latina, em função da sua postura independente, calcada na descolonização política e econômica do Continente.
Diferente de episódios anteriores, quando tudo transcorria rapidamente, à base do trabuco, agora, pelo imperativo das leis o rito impeditório é muito mais lento, ocasionando feridas na população e paralisação de setores produtivos. Proporciona, todavia, melhor conhecermos os atores desse triste espetáculo, fruto de uma panaceia equivocada que corrói os tecidos democráticos e tranquilidade de nossa gente. Redesenha-se a partir de público anúncio de FHC, um dos montadores desse palco (leia o “Estadão”, fevº/ 2015), de que estaria disposto promover golpe de estado contra a presidente Dilma, delegando tarefa ao próprio Judiciário a ruptura da legalidade. Apresenta-nos claro o processo de litigância entre a plenitude de direito e de exceção. Tais declarações parecem combinar assédios espetaculares a setores da Justiça, num estímulo à decadência da moralidade institucional, tão prejudicial à sociedade quanto a corrução.
Fraudes e chinfrins sempre aviltaram a República, em quaisquer esferas de governo. Não será o Lava-Jato, com seu processo investigatório partidarizado que os inibirá. No refrescar de memória o jurista Nelson Jobim, que já ocupou a presidência do STF e um dos relatores da Constituinte de 1988, é acusado de fraudar a Carta Magna, de haver inserido dispositivos jamais objeto de deliberação em plenário. Pior, nenhuma investigação foi aberta nesse sentido, omissão que traz insegurança jurídica a quantos se abrigam no guarda-chuva das demais instâncias da Justiça. Nos períodos que antecederam a Lula não foram poucos os escândalos: Sivan, Sudam (alcance de mais de R$ 1 bilhão), Pasta Rosa (CPI arquivado por iniciativa do dep. tucano, Albert Goldman), Venda de Sentenças, Proer, TRT-paulista, Fundef, Reeleição. Só na gestão FHC, segundo Revista Consciência Net, contabilizam-se 45 deles, quando Inácio Loyola, então presidente do Banco Central e ACM fizeram história.
O governo de João Goulart foi acusado de corruto, pelas baionetas, que tiveram 21 anos para passar o Brasil a limpo, não o fazendo. Nessa época – diz-nos a imprensa - milhões de cruzeiros foram levados a bancos suíços, por políticos, empresários e militares de alta patente, não se sabendo até agora, de seu retorno. O Lava-Jato tem muito que lavar, enquanto vivos alguns autores. Observe que na relação não citamos a Vale de Rio Doce, privatizada e subavaliada num valor de U$ 87 bilhões inferior ao seu patrimônio. Dessa forma o Brasil não aceita mudança de turma através do tapete, pois só o voto pelo povo tem legitimidade para fazê-la.
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