Grupo EmCena volta ao palco da Casa da Cultura Abdala Mameri após 8 anos
Após, ao menos, oito anos, o Grupo EmCena de Teatro volta ao palco da Casa da Cultura Abdalla Mameri. Neste período o espaço passou por obras e reestruturação. O retorno acontece neste domingo (30), às 18h e 21h, com o espetáculo “O Caso dos Irmãos Naves”. O prédio que abrigou o antigo fórum de Araguari e também a cadeia publica foi cenário do sofrimento da família Naves, injustiçada durante a ditadura.
A peça volta a ser apresentada neste ambiente que faz parte da história. “Um profundo mergulho na vida da nossa cidade e a sensação de ver os fatos narrados por nós e sentir o arrebatamento de estar no lugar que foi palco de parte dessa história”, afirmou a diretora da peça, Glenda Mara. Mara é interprete de Ana Rosa Naves, mãe dos irmãos Joaquim e Sebastião Naves, presos pelo desaparecimento de seu primo Benedito Pereira Caetano.
Conhecido como o maior erro do judiciário brasileiro “O Caso dos Irmãos Naves” foi dramatizado pelo grupo para contar a história de luta, sofrimento, fé e cumplicidade da família. “O espetáculo leva aos palcos a crueldade da ditadura em oposição à religiosidade e união da família mineira, com ênfase na temática jurídica”, afirmou o diretor geral do grupo Thiago Scalia. O diretor, que também é dramaturgo interpreta o irmão Joaquim Naves.
Para as apresentações deste fim de semana, serão distribuídos antes das sessões pulseirinhas, pessoais e intransferíveis, que darão acesso ao teatro. “A medida é para evitar tumulto e organizar a entrada dos espectadores para todos aproveitem a comodidade que o espaço oferece agora e aprecie com plenitude o espetáculo”, disse Scalia. Vale lembras que é preciso chegar, ao menos, 30 minutos antes da sessão para tentar garantir a pulseira e o acesso.
Sobre o espetáculo
Era 1934, quando, durante o “Estado Novo”, repressão e injustiça marcaram a história da cidade interiorana mineira, Araguari. O lugar foi cercado por boatos quando Benedito Pereira Caetano desapareceu após vender sacas de arroz e lucrar cerca de 90 contos de réis. O sumiço de Benedito foi o estopim para um crime sem solução e o mártir da família Naves injustiçada pela acusação de ter matado e roubado o comerciante que era primo dos irmãos Joaquim e Sebastião Naves. É este enredo que vai para o palco no espetáculo “O Caso dos Irmãos Naves” do grupo EmCena de Teatro.
A adaptação da história para o teatro levou mais de dois anos, de pesquisas feitas no arquivo público de Araguari, no processo judicial do caso e em relatos de pessoas que viveram o drama da família. O texto da peça é assinado pelo Juiz Federal do Trabalho Henrique Macedo, que se baseou em autores renomados do direito, como CesareBeccaria, para apresentar a realidade nos fatos jurídicos narrados.
“O Caso dos Irmãos Naves” retrata o drama vivido pelos dois irmãos araguarinos condenados injustamente por um crime de latrocínio que não cometeram. Segundo os autos do processo, eles foram acusados de ter matado e roubado o primo Benedito Pereira Caetano depois de um negócio fracassado que não rendeu o quanto esperavam. Só em 1952 a verdade veio a tona com o reaparecimento de Benedito, encontrado vivo em um sítio em Nova Ponte (MG), onde estava escondido durante todo o processo. Os jornais da época davam a noticia como “Morto vivo de Araguary reaparece e inocenta família”. O caso teve fim, mas as histórias de sofrimento e de injustiça continuam até hoje com milhares de outros brasileiros que pagam por crimes que não cometeram.
O espetáculo já foi apresentado para mais de 15 mil pessoas nas cidades de Araguari, Uberaba, Araxá, Patos de Minas, Belo Horizonte, Catalão (GO) e Porto Alegre (RS), e premiado em dois festivais nacionais de teatro. Uma história que conta o preço que se paga pela justiça, permeando a dor, o sofrimento, mas, acima de tudo, a luta, a fé, a força de uma família unida em torno da verdade que transpõe barreiras para se tornar clara e evidente sempre, como dito pelo advogado de defesa da família, João Alamy Filho.
Grupo EmCena
Composto por 19 profissionais, sendo 11 atores profissionais e amadores, além de seu corpo corpo técnico cinco especialistas em maquiagem cênica, cenografia, iluminação, sonoplastia e audiovisual, além de três produtores internos, sendo um artístico e dois executivos. A direção do espetáculo é da advogada e atriz GlendaMara e a direção geral do grupo, do dramaturgo Thiago Scalia diplomado em dramaturgia pela Universidade de Évora em Portugal, a adaptação do roteiro é de autoria do dramaturgo e Juiz Federal, Henrique Macedo.
Atualmente o grupo se prepara para dar início em uma nova fase e promete novos espetáculos que estão sendo construídos. Ainda neste ano, levando o nome de Araguari, por meio do espetáculo, a trupe estima se apresentar em duas capitais brasileiras e cidades do interior de Minas Gerais e Goiás, como parte da temporada 2015 da peça “O Caso dos Irmãos Naves”.
Texto: Comunicação Grupo EmCena
A peça volta a ser apresentada neste ambiente que faz parte da história. “Um profundo mergulho na vida da nossa cidade e a sensação de ver os fatos narrados por nós e sentir o arrebatamento de estar no lugar que foi palco de parte dessa história”, afirmou a diretora da peça, Glenda Mara. Mara é interprete de Ana Rosa Naves, mãe dos irmãos Joaquim e Sebastião Naves, presos pelo desaparecimento de seu primo Benedito Pereira Caetano.
Conhecido como o maior erro do judiciário brasileiro “O Caso dos Irmãos Naves” foi dramatizado pelo grupo para contar a história de luta, sofrimento, fé e cumplicidade da família. “O espetáculo leva aos palcos a crueldade da ditadura em oposição à religiosidade e união da família mineira, com ênfase na temática jurídica”, afirmou o diretor geral do grupo Thiago Scalia. O diretor, que também é dramaturgo interpreta o irmão Joaquim Naves.
Para as apresentações deste fim de semana, serão distribuídos antes das sessões pulseirinhas, pessoais e intransferíveis, que darão acesso ao teatro. “A medida é para evitar tumulto e organizar a entrada dos espectadores para todos aproveitem a comodidade que o espaço oferece agora e aprecie com plenitude o espetáculo”, disse Scalia. Vale lembras que é preciso chegar, ao menos, 30 minutos antes da sessão para tentar garantir a pulseira e o acesso.
Sobre o espetáculo
Era 1934, quando, durante o “Estado Novo”, repressão e injustiça marcaram a história da cidade interiorana mineira, Araguari. O lugar foi cercado por boatos quando Benedito Pereira Caetano desapareceu após vender sacas de arroz e lucrar cerca de 90 contos de réis. O sumiço de Benedito foi o estopim para um crime sem solução e o mártir da família Naves injustiçada pela acusação de ter matado e roubado o comerciante que era primo dos irmãos Joaquim e Sebastião Naves. É este enredo que vai para o palco no espetáculo “O Caso dos Irmãos Naves” do grupo EmCena de Teatro.
A adaptação da história para o teatro levou mais de dois anos, de pesquisas feitas no arquivo público de Araguari, no processo judicial do caso e em relatos de pessoas que viveram o drama da família. O texto da peça é assinado pelo Juiz Federal do Trabalho Henrique Macedo, que se baseou em autores renomados do direito, como CesareBeccaria, para apresentar a realidade nos fatos jurídicos narrados.
“O Caso dos Irmãos Naves” retrata o drama vivido pelos dois irmãos araguarinos condenados injustamente por um crime de latrocínio que não cometeram. Segundo os autos do processo, eles foram acusados de ter matado e roubado o primo Benedito Pereira Caetano depois de um negócio fracassado que não rendeu o quanto esperavam. Só em 1952 a verdade veio a tona com o reaparecimento de Benedito, encontrado vivo em um sítio em Nova Ponte (MG), onde estava escondido durante todo o processo. Os jornais da época davam a noticia como “Morto vivo de Araguary reaparece e inocenta família”. O caso teve fim, mas as histórias de sofrimento e de injustiça continuam até hoje com milhares de outros brasileiros que pagam por crimes que não cometeram.
O espetáculo já foi apresentado para mais de 15 mil pessoas nas cidades de Araguari, Uberaba, Araxá, Patos de Minas, Belo Horizonte, Catalão (GO) e Porto Alegre (RS), e premiado em dois festivais nacionais de teatro. Uma história que conta o preço que se paga pela justiça, permeando a dor, o sofrimento, mas, acima de tudo, a luta, a fé, a força de uma família unida em torno da verdade que transpõe barreiras para se tornar clara e evidente sempre, como dito pelo advogado de defesa da família, João Alamy Filho.
Grupo EmCena
Composto por 19 profissionais, sendo 11 atores profissionais e amadores, além de seu corpo corpo técnico cinco especialistas em maquiagem cênica, cenografia, iluminação, sonoplastia e audiovisual, além de três produtores internos, sendo um artístico e dois executivos. A direção do espetáculo é da advogada e atriz GlendaMara e a direção geral do grupo, do dramaturgo Thiago Scalia diplomado em dramaturgia pela Universidade de Évora em Portugal, a adaptação do roteiro é de autoria do dramaturgo e Juiz Federal, Henrique Macedo.
Atualmente o grupo se prepara para dar início em uma nova fase e promete novos espetáculos que estão sendo construídos. Ainda neste ano, levando o nome de Araguari, por meio do espetáculo, a trupe estima se apresentar em duas capitais brasileiras e cidades do interior de Minas Gerais e Goiás, como parte da temporada 2015 da peça “O Caso dos Irmãos Naves”.
Texto: Comunicação Grupo EmCena
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