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Ensino médio da rede estadual em 2015 não terá mais o 6º horário

O Ensino Médio da rede pública estadual mineira estará diferente a partir do início do ano letivo de 2015. Foi publicada no Diário Oficial dos Poderes do Estado desta sexta-feira (23/01) uma resolução que estabelece os parâmetros para essa etapa de ensino a partir deste ano e, por consequência, suspende as atividades do Programa Reinventando o Ensino Médio. A Resolução 2.742/2015 estabelece que o Ensino Médio volta a ter carga horária anual de 833 horas e 20 minutos e uma carga horária total de 2.500 horas. Os conteúdos básicos do Ensino Médio estarão organizados em quatro áreas do conhecimento: Linguagens, Matemática, Ciências da Natureza e Ciências Humanas, conforme estabelecem as Diretrizes Nacionais.

Com a paralisação do Reinventando o Ensino Médio deixa de existir o sexto horário de aulas.

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A secretária de Estado de Educação, Macaé Evaristo, explica que o Reinventando foi implantado sem ouvir os envolvidos com a Educação. “Atualmente, a Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais busca criar espaços de diálogo com vários segmentos e representantes da sociedade mineira. Nesses espaços de diálogo foram relatadas várias críticas no processo de operacionalização do Programa e foi feito o pedido para a paralisação imediata das ações do Reinventando”.

Problemas no Reinventando

A principal crítica em relação ao Reinventando o Ensino Médio foi apresentada pelos próprios professores desde a implantação do Programa. Os responsáveis por lecionar as disciplinas das áreas de empregabilidade eram os professores das disciplinas regulares, como Biologia, Geografia, Matemática, entre outras. Os docentes afirmam, contudo, que a Secretaria de Educação não oferecia a devida capacitação para que eles assumissem essa função.

Outra grande crítica partiu dos prefeitos municipais e estava relacionada com o transporte dos estudantes. São as prefeituras as responsáveis por gerenciar o transporte escolar e, com a criação do sexto horário, a logística de transporte dos estudantes do ensino médio ficou comprometida.

Por parte dos diretores de escolas houve críticas em relação à adaptação da estrutura física dos prédios para a implantação do Programa. Eles argumentam que a Secretaria implementou o projeto sem adequar as escolas com laboratórios e salas adequadas para que o aluno tivesse acesso ao conteúdo prático das áreas de empregabilidade. Além disso, os alunos também reclamavam por falta de merenda escolar, uma vez que a escola não oferecia uma refeição extra para aqueles que ficavam mais tempo em sala de aula.

Fonte: Agência Minas
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