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Com incentivo do governo do estado, queijo Minas ganha novos mercados

O queijo artesanal, produto típico de Minas Gerais, vem ganhando cada vez mais mercados por todo o país. Com a implementação dos Centros de Qualidade do Queijo Minas Artesanal – projeto desenvolvido pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG) –, os agricultores familiares mineiros podem, agora, comercializar o produto para todo o país, respaldados, ainda, pela criteriosa inspeção do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA).

O produtor Alexandre Honorato, do município de Araxá, será o primeiro a vender o queijo de Minas em outros Estados. Para isso ele recebeu, nesta sexta-feira (9), a identificação da queijaria e o rótulo com o selo de inspeção do IMA. A partir das ações de apoio do Governo de Minas, o produtor já fechou contrato em São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás e Paraná.

O investimento de Honorato foi de R$ 80 mil, mas ele informa que, mesmo se este valor tivesse sido menor, ainda assim os resultados seriam muito positivos. Na visão do produtor de Araxá, o êxito “estaria garantido” mesmo com pequenos aportes iniciais “O produtor tem que se dedicar, não é um bicho de sete cabeças. Para mim, não houve nenhuma dificuldade, pois a Emater-MG, dá todo o suporte neste processo, facilitando a vida do produtor rural”, explica Honorato.

Governador Antonio Anastasia e o produtor de queijo João Carlos Leite.
Foto: Carlos Alberto/Imprensa MG

A Emater-MG estabeleceu uma intensa mobilização para garantir a efetivação desse projeto, que favorece o agricultor familiar, possibilitando aumentar sua renda. “A Empresa, além de ter buscado o recurso para a construção dos Centros de Qualidade do Queijo Minas Artesanal, também atua por meio da Rede do Queijo Minas Artesanal, orientando o produtor em todas as etapas da fabricação do queijo”, explica o presidente da Emater-MG, José Ricardo Roseno. A medida assegura a qualidade do sistema de produção e do produto, exigidas na inspeção do IMA, para a comercialização do queijo.

A Rede do Queijo Minas Artesanal é formada por uma equipe multidisciplinar da Emater-MG, com veterinários, engenheiros agrônomos e nutricionistas, que orientam os agricultores, assegurando a execução de boas práticas agropecuárias, a fabricação de queijos com qualidade. “A Rede trata até mesmo da destinação dos resíduos das queijarias, de forma a garantir uma produção sustentável”, destaca Marinalva Soares, coordenadora técnica da Emater-MG.

“Os Centros de Qualidade, além de oferecerem um ambiente adequado e amplo para uma perfeita maturação do queijo, essencial para ser reconhecido como artesanal, dão suporte logístico para coleta, seleção, embalagem e distribuição dos queijos para os grandes centros de consumo”, completa Marinalva Soares.

Primeiro produtor a exportar o queijo de Minas

Alexandre Honorato produz queijo há 20 anos, mas, por volta de 2006, ficou desanimado e chegou a desistir da atividade. Porém, em 2007, incentivado pelos extensionistas da Emater-MG, participou de um concurso do Queijo Minas Artesanal realizado pela Empresa – e acabou sendo o grande vencedor. O resultado do concurso animou o produtor que resolveu investir no Queijo Minas Artesanal, com apoio da Emater-MG.

“Vivo da produção do queijo, não tenho nenhuma outra fonte de renda”, destacou. A possibilidade de vender sua produção fora de Minas deu outro ânimo ao produtor. “A gente ficava muito restrito, vendendo o queijo só em Minas. Saindo do Estado, agora, abre um campo maior, agrega valor ao produto. Nós já temos que conviver com a concorrência desleal do queijo clandestino. Vamos partir para outros mercados, buscando uma clientela diferenciada que quer um produto de qualidade, certificado”, explica Honorato.

Na queijaria do produtor Alexandre Honorato, no município de Araxá, no Alto Paranaíba, são produzidos 130 queijos diariamente. Ele trabalha com seis funcionários diretos e dois temporários. Empolgado com a ideia de produzir uma iguaria típica do Estado, Alexandre Honorato resolveu dar o nome de “Minerim” ao queijo que fabrica. “É do jeitinho que o mineiro fala”, explica.

Para Marinalva Soares, o licenciamento foi um ganho para o produtor. “Ele mora perto de São Paulo e não podia vender para este estado, sendo que lá a demanda é muito grande. Vendo as portas abertas, ele procurou melhorar as instalações e aumentou a produção. Vender o Queijo Artesanal fora de Minas é um avanço para os produtores, porque eles terão acesso direto ao consumidor, sem intermediários. Para isso, precisam ter um volume maior de produção, com regularidade na oferta do produto, semanalmente, o que será possível com os Centros de Qualidade do Queijo Minas Artesanal”, afirmou.

“Esse é um momento importante para Minas Gerais, com a valorização de um produto tradicional de Minas e a abertura para a comercialização do queijo artesanal em todo o país”, conclui o presidente da Emater-MG, José Ricardo Roseno.

Fonte: Agência Minas

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