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Museu Dr. Calil Porto, um marco no resguardo da história de Araguari

O museu,  desde o dia 28 de setembro de 2012, ocupa as instalações da antiga Cia. Prada (imóvel tombado pelo município), localizado à Rua Dr. Afrânio, 178,  estando aberto à população a partir do mês de março,  de segunda a sexta, no período matutino e vespertino

Texto de autoria das pesquisadoras do Arquivo Histórico e Museu Dr. Calil Porto

"O Arquivo Histórico e Museu Dr. Calil Porto, departamento da FAEC – Fundação Araguarina de Educação e Cultura, foi implantado em agosto de 1994.

Desde então o setor tornou-se o pólo do resguardo da história do município. O amealhar de documentos sobre o passado e sua divulgação à comunidade são os pilares de sua concepção.

    Recuperando o passado local, o setor gradativamente estruturou um museu com bens materiais ofertados por particulares, composto de peças que fizeram parte da vida dos araguarinos em décadas passadas. A idéia nasceu em 1998 e atualmente conta com número significativo de objetos.

A iniciativa de resgatar objetos e expô-los aos visitantes, paralelamente ao expressivo acervo documental formado, propiciou oportunidade às novas gerações o conhecimento dos usos, costumes, valores e idéias que identificaram períodos da história local.

A mostra permanente de objetos, procurou ao longo dos anos,  despertar nos visitantes o interesse sobre a preservação de bens inerentes a coletividade.

    Os museus na concepção contemporânea é um espaço de fruição cultural, que possibilita encontros e discussões, constituindo vínculos com a sociedade. A valorização harmônica dos saberes e dos fazeres impulsiona o pensar social, integrando comunidades por intermédio de fatores comuns a cada indivíduo.

    O Arquivo Histórico e Museu Dr. Calil Porto, não guarda e expõe apenas o passado ele procura refletir  sobre o presente e levar o visitante ao encontro com suas lembranças.

    O museu,  desde o dia 28 de setembro de 2012, ocupa as instalações da antiga Cia. Prada (imóvel tombado pelo município), localizado à Rua Dr. Afrânio, 178,  estando aberto à população a partir do mês de março,  de segunda a sexta, no período matutino e vespertino.

     Provocando a curiosidade de crianças, aguçando a imaginação de adolescentes, despertando o saudosismo de adultos e criando parâmetros quanto ao desenvolvimento tecnológico,   na nova instalação foi conquistado o marco de 2.000 visitas.

    Museus e arquivos devem ser prioritariamente valorizados, pois estes são, o cartão de apresentação das cidades, sendo geradores e  propagadores de cultura.

    Considerando, portanto,  que os museus desempenham importante papel na formação da consciência e  na reflexão sobre o cotidiano e ainda, é decisivo na esfera da educação do cidadão, o congregar de objetos de grande valor histórico e social é imperativo.

    Nesta ótica de aglomeração de valores, o museu no ano de 2009 requereu junto ao departamento da Casa da Cultura Abdala Mameri, a transferência de materiais artísticos e culturais de valor histórico para o setor expositor. A justificativa disto pauta-se na especificidade do Arquivo Histórico e Museu em  trabalhar a memória e a valorização do ser, do saber e do fazer dos araguarinos.

    Com isto, o Arquivo Histórico e Museu Dr. Calil Porto, passou a curador de obras como o “Auto Retrato” do araguarino Farnese de Andrade e do “Anjo” de Jorlando Spotto. Esta iniciativa propiciou não só maior visibilidade às obras, como também propagou a disseminação da biografia de seus autores. Contribuindo como  certeza com sua perpetuação,  como patrimônio material da cidade de Araguari.

    É certo que, em todas as cidades onde há existência de museus, as peças de maior valor são ali agregadas, o que ocorreu em Araguari.

    Na época da transferência foi diagnosticado que algumas obras sob a guarda da Casa da Cultura estavam necessitando de restauro e também algumas haviam sido extraídas  do setor. Assim, os quadros em total de mais de cem itens foram, sob a supervisão do Arquivo Histórico e Patrimônio Histórico, encaminhadas para restauro.
    Os quadros após a conclusão das obras no prédio da Casa da Cultura voltaram ao setor de origem e os objetos de grande teor histórico e cultural ficaram sob guarda do Arquivo Histórico. Todos estes, passaram por processo de inventário e foram anexados ao acervo do Arquivo.

    O inventário das peças pertencentes ao museu é um trabalho detalhado que revela o máximo de dados sobre o objeto,  como se fosse sua digital, o que torna impossível seu empréstimo, sua desanexação ou  extravio  do museu.

    Todos os anos, para peças tombadas, são efetuados  novos laudos técnicos para diagnosticar o estado de conservação das peças. A importante peça do artista araguarino Farnese de Andrade, desde sua anexação ao museu, foi diagnosticada com a falta de uma lente em seu conjunto, uma perda inestimável para a obra.

    O Arquivo Histórico e Museu Dr. Calil Porto com quase 19 anos de funcionamento, é único a na região a agregar objetos museais. Por isto, é imperativo, o apoio da comunidade e órgãos municipais para o desenvolvimento contínuo do departamento.

    O marco de 2.000 visitas é comemorado pelo setor museal, pois o trabalho de conscientização sobre a importância da preservação de resquícios  históricos é um ato muitas vezes solitário e requer acima de tudo idealismo. Muitos obstáculos foram vencidos para hoje a população ter acesso a um museu, que apresentamos aos visitantes, como “MUSEU DA CIDADE DE ARAGUARI”.

    O Museu de Araguari, não é da FAEC, ou da Prefeitura, ou das pessoas que lá trabalham com afinco, são de todos os araguarinos. É daquele que ofertou o mais simples objeto ou uma coleção, é de todos os doadores,  de todos os visitantes e de todos simplesmente, mesmo os que ainda não o conhecem...

    O museu do cotidiano araguarino  é um serviço à comunidade e junto a ela, espera a obtenção de novas doações, que por sinal foram acrescidas significantemente após a instalação no novo endereço.

    A valorização do patrimônio local só pode ver conquistada com a sensibilização de sua importância junto ao cidadão comum. Nossos visitantes sempre comentam: “Nossa minha família tinha determinado objeto e hoje se perdeu, que pena poderia estar aqui”. O diferencial do museu e do arquivo para a coletividade é exatamente isto, “não deixar se perder”.

    Lembranças guardadas em baús podem ser dispensadas quando o guardador não mais está em condições de preservá-las e outros,  muitas vezes a própria família, não tem interesse por elas. Antes que isto ocorra, doe suas lembranças, para que elas façam parte das lembranças de muitos...

Obrigado aos araguarinos que acreditaram e doaram suas preciosidades ao museu. Obrigado mais uma vez, aos que simplesmente acreditam".

Confira abaixo algumas peças do acervo do museu, em fotos de Glaucio Henrique Chaves, gentilmente cedidas para esta divulgação:









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