Zuenir Ventura aconselha jovens a usar redes sociais para se mobilizar
O jornalista e escritor promoveu palestra na 1ª Bienal Brasil do Livro e da Leitura. Ele abordou o engajamento polÃtico da juventude brasileira hoje e em 1968.
Fonte: Agência Brasil
A juventude que foi à s ruas lutar contra a ditadura, exigir eleições diretas e que pintou a cara para protestar contra um presidente da República ficou no passado. Cedeu lugar a jovens divididos em tribos que abusam da tecnologia, mas pouco se interessam em polÃtica. A avaliação é do jornalista e escritor Zuenir Ventura, [palestrante da 1ª Bienal Brasil do Livro e da Leitura, que acontece em BrasÃlia, de 14 a 23 do mês em curso].
O autor de 1968: O Ano Que Não Terminou analisa a juventude de hoje e de 40 anos atrás. Para Zuenir, os jovens brasileiros, diferentemente de outros paÃses, estão desperdiçando uma oportunidade histórica ao deixar de aproveitar a internet para abraçar bandeiras como a luta contra a corrupção, o aperfeiçoamento da democracia e o combate à s desigualdades sociais.
“Ao contrário da Espanha, dos Estados Unidos e dos paÃses árabes, a juventude brasileira ainda não conseguiu transformar as ferramentas tecnológicas em instrumentos de mobilização”, diz o escritor. “Existe muita troca de opiniões e afetos nas redes sociais, mas no Brasil essas manifestações ainda não foram canalizadas para a polÃtica.”
Zuenir reconhece que a fragmentação da juventude atual não permite o mesmo tipo de engajamento observado em outras décadas. “Naquela época, se falava na geração de 1968. Hoje não há mais uma geração, mas diversas tribos com cultura, cantar e agir próprios”, avalia. Apesar disso, o escritor acredita que a mobilização polÃtica continua possÃvel para fazer jovens de diversas origens se unirem em torno de objetivos comuns. “Outros paÃses deram o exemplo”, declarou.
Fonte: Agência Brasil
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