Bicicletas e humanismo
João Baptista Herkenhoff
Andar de bicicleta lembra-me a infância em Cachoeiro de Itapemirim, a terra de Rubem Braga e Roberto Carlos. Ruas com calçamento de paralelepÃpedos, poucos carros, nenhum motorista correndo. Trânsito realmente humano, quase diria trânsito fraterno. A convivência entre carros e bicicletas era absolutamente tranquila. Não me recordo de um único atropelamento de ciclista, por carro, ou de pedestre, por ciclista.
A bicicleta é um transporte alternativo que deve ser valorizado, se pensarmos em polÃticas públicas centradas em referenciais de humanismo.
Andar de bicicleta faz bem à saúde. A bicicleta reclama do ciclista postura correta, participação das pernas na pedalagem e dos braços no manejo do volante, além de respiração correta e atenção. O ciclismo oxigena o cérebro, constitui passatempo para o espÃrito, desenvolve a inteligência.
Em paÃses adiantados e cultos, como a França, o ciclismo é um esporte que desfruta da adesão de altÃssimo percentual da população. No Brasil, temos também cidades de ciclistas, como Joinville, em Santa Catarina.
Se praticado em grupo o ciclismo é, no caso dos jovens, um valioso instrumento de socialização e, no caso dos idosos, um remédio contra a solidão.
Embora tenha seu maior contingente de adeptos no seio da juventude, o ciclismo é largamente praticado por adultos. Pessoas mais velhas podem ter no ciclismo eficiente prevenção de doenças cerebrais e do coração.
O ciclismo não distingue sexos, seja entre os jovens – rapazes e moças, seja entre os mais velhos – senhoras e senhores.
Além dos benefÃcios que proporciona à saúde, a bicicleta é um transporte baratÃssimo, pois não consome combustÃvel.
Devido ao grande aumento do número de carros, a bicicleta exige hoje, nas cidades médias e grandes e também nas estradas, a construção de ciclovias. Elas garantem a segurança do ciclista evitando acidentes.
Temos de resistir ao modelo social que elege as metas simplesmente econômicas como as essenciais, fazendo do ser humano mero instrumento e produto da Economia.
A essa visão equivocada, que se funda numa deformação ética inaceitável, temos de opor a idéia de que o homem é o arquiteto e o destinatário da História.
Dentro dessa concepção, a construção de ciclovias acompanhará, necessariamente, a construção de rodovias e avenidas.
* Magistrado aposentado, 74 anos, é professor pesquisador da Faculdade Estácio de Sá de Vila Velha (ES). Autor do livro Mulheres no banco dos réus – o universo feminino sob o olhar de um juiz (Editora Forense, Rio, 2009).
E-mail: jbherkenhoff@uol.com.br
Homepage: www.jbherkenhoff.com.br
Andar de bicicleta lembra-me a infância em Cachoeiro de Itapemirim, a terra de Rubem Braga e Roberto Carlos. Ruas com calçamento de paralelepÃpedos, poucos carros, nenhum motorista correndo. Trânsito realmente humano, quase diria trânsito fraterno. A convivência entre carros e bicicletas era absolutamente tranquila. Não me recordo de um único atropelamento de ciclista, por carro, ou de pedestre, por ciclista.
A bicicleta é um transporte alternativo que deve ser valorizado, se pensarmos em polÃticas públicas centradas em referenciais de humanismo.
Andar de bicicleta faz bem à saúde. A bicicleta reclama do ciclista postura correta, participação das pernas na pedalagem e dos braços no manejo do volante, além de respiração correta e atenção. O ciclismo oxigena o cérebro, constitui passatempo para o espÃrito, desenvolve a inteligência.
Em paÃses adiantados e cultos, como a França, o ciclismo é um esporte que desfruta da adesão de altÃssimo percentual da população. No Brasil, temos também cidades de ciclistas, como Joinville, em Santa Catarina.
Se praticado em grupo o ciclismo é, no caso dos jovens, um valioso instrumento de socialização e, no caso dos idosos, um remédio contra a solidão.
Embora tenha seu maior contingente de adeptos no seio da juventude, o ciclismo é largamente praticado por adultos. Pessoas mais velhas podem ter no ciclismo eficiente prevenção de doenças cerebrais e do coração.
O ciclismo não distingue sexos, seja entre os jovens – rapazes e moças, seja entre os mais velhos – senhoras e senhores.
Além dos benefÃcios que proporciona à saúde, a bicicleta é um transporte baratÃssimo, pois não consome combustÃvel.
Devido ao grande aumento do número de carros, a bicicleta exige hoje, nas cidades médias e grandes e também nas estradas, a construção de ciclovias. Elas garantem a segurança do ciclista evitando acidentes.
Temos de resistir ao modelo social que elege as metas simplesmente econômicas como as essenciais, fazendo do ser humano mero instrumento e produto da Economia.
A essa visão equivocada, que se funda numa deformação ética inaceitável, temos de opor a idéia de que o homem é o arquiteto e o destinatário da História.
Dentro dessa concepção, a construção de ciclovias acompanhará, necessariamente, a construção de rodovias e avenidas.
* Magistrado aposentado, 74 anos, é professor pesquisador da Faculdade Estácio de Sá de Vila Velha (ES). Autor do livro Mulheres no banco dos réus – o universo feminino sob o olhar de um juiz (Editora Forense, Rio, 2009).
E-mail: jbherkenhoff@uol.com.br
Homepage: www.jbherkenhoff.com.br
Ciclismo é o caminho mais saudável entre dois pontos.
ResponderExcluirQue venham as ciclovias, porque andar de bicicleta no meio deste trânsito desorganizado que temos nas nossas cidades é impraticável. Andar de bicicleta é super civilizado, num momento em que o meio ambiente deve ser uma das nossas principais preocupações.
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