Hospital Público de Araguari está condenado a ser desativado definitivamente
Foto: Portal de Araguari |
Correio de Uberlândia
Após ser construído, equipado e inaugurado seguidas vezes sem nunca ter entrado plenamente em funcionamento - devido aos cinco relatórios do Ministério da Saúde que consideraram a infraestrutura comprometida para atender à população -, o Hospital Municipal de Araguari ainda corre o risco de ser desativado definitivamente. Com investimento de, aproximadamente, R$ 4 milhões, que estão sendo cobrados na Justiça pela União, a obra entregue em 2003 é objeto de ação por improbidade administrativa movida pelo Ministério Público Federal.
A definição da viabilidade do funcionamento vai depender de um laudo que será confeccionado por engenheiros civis da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) para ser contraposto aos relatórios da União.
Segundo o Ministério da Saúde, os dois pontos mais críticos são o efeito esponja do piso e a altura do pé direito do edifício. Caso funcionasse, o hospital teria em sua plenitude 60 leitos para internações e capacidade para 800 atendimentos por dia.
Segundo a Prefeitura de Araguari, a nova inspeção deverá ser realizada ainda neste ano. “Precisamos que os técnicos da UFU elaborem o laudo para saber se o hospital pode ser utilizado ou não. Eles já fizeram a vistoria prévia”, afirmou a secretária de Planejamento, Thereza Christina Griep. Ela disse que o processo para a contratação está em andamento e deve ser concluído ainda em novembro.
“O governo estadual está disposto a ajudar se houver um parecer favorável dos técnicos. Mas há um parecer do Ministério da Saúde que condena o hospital completamente. Ele também terá que ser avalia com esse da UFU”, afirmou o diretor da Gerência Regional de Saúde (GRS), Daltro Catani.
Não funcionamento é problema de projeto
O ex-prefeito de Araguari, Marcos Alvim, que é réu no processo movido pela Procuradoria da República, não foi localizado pela reportagem. A empresária e representante da empresa responsável pela construção do hospital, que também é ré no processo judicial, Rosi Mari Teresinha Cima, afirmou que o não funcionamento do hospital é um problema de projeto. “Tudo que foi contratado nós executamos e está lá. Existiu incompatibilidade entre os projetos, indefinição de detalhes. Era um projeto sem detalhamento. Já fizemos outros hospitais e nunca executamos um projeto com tão baixo nível de detalhamento. Foram feitas alterações, mas não as suficientes”, disse Rosi Mari Cima. Leia mais em: Hospital Municipal de Araguari pode ser desativado
Não seria a hora de alguns poucos cidadãos araguarinos montar uma associação e dirigir tal hospital?
ResponderExcluirUma obra já construida, no valor de 4.000.000, super necessária à população de Araguari ser desativada defeinitivamente????? Está faltando o que? Equipamentos? Política? Vontade? Coragem? Ou é coisa mal feita mesmo, sem conserto, pacto com o demo? É inacreditável, principalmente se o "mestre" da confusão, o criador da geringonça não aparecer... Uff! Quem são os culpados?
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