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Caça aos votos!


Marília Alves Cunha

Minas Gerais é um grande Estado. Grande na extensão geográfica (586.528 km2) e no exagerado número de municípios (835). É a unidade da federação com maior número de municípios, sendo que 131 obtiveram a emancipação política após a Constituição de 1988.

Terra do Juscelino, desbravador de sertões, bandeirante moderno, ardiloso senhor do tempo (50 anos em 5), presidente bossa nova, mistura de siso e riso, palavra fácil, palavra certa. Terra de Guimarães Rosa, descobridor de um mundo mágico onde as pessoas não morrem, ficam encantadas. Também de Milton Nascimento, arquiteto de sons, de harmonia e de beleza, assim como de Pelé, rei aqui e no mundo inteiro. Lugar de Fernando Sabino, que descreveu nossa Minas como “um Estado de nariz imenso, um estado de espírito, um jeito de ser”. E disse como ninguém: “Evém mineiro. Ele não olha: espia. Não presta atenção: vigia só. Não conversa: confabula. Não combina: conspira. Não se vinga: espera. Faz parte do decálogo que alguém já elaborou. E não enlouquece: piora. Ou declara, conforma manda a delicadeza. No mais, é confiar desconfiando. Dois é bom, três é comício. Devagar que eu tenho pressa”.
E nesta terra de mesa posta com café quentinho, saboroso e fornada de pão de queijo, de gente de fala engraçada, sílabas engolidas e palavras de senso mudado, escrita bonita e certa, tem outra coisa preciosa: mais de 13 milhões de eleitores.

A corrida eleitoral já começou há muito tempo. Só não viu quem não quis ou calou-se, rendido ante as espertezas do marketing. E olhos cobiçosos voltam-se para as Gerais e para os seus 13 milhões de eleitores. Muita gente redescobrindo mineirice e percorrendo de ponta a ponta este soberbo Estado, com discurso acalorado e coração enternecido por esta terra da qual, até bem pouco tempo, nem se lembrava da existência. E ser mineiro não é para qualquer um: é para quem pode e merece! E tem também gente que saiu de plagas distantes e veio para Minas nos representar, sem ter um voto sequer. Obras de política anarquizada, obras de homens que pensam apenas nos seus próprios interesses e esquecem totalmente, embalados pela música do poder, que a visão e o trabalho devem guiar-se pelo bem comum.

Os temas dos discursos a serem feitos pelos oposicionistas, não conseguimos ainda decifrar. Parece que há um quê de dúvida sobre quem é quem no embate eleitoral de 2010. Ou talvez, respeito pela lei vigente. A situação, ao contrário: candidato declarado, muita festa e comício, seja para inauguração, lançamento de pedra fundamental ou qualquer coisa que enseje uma obra futura. Falar mal de governos passados e criticar a oposição é assunto preferencial. Boca trancada quando se trata da corrupção, da desonestidade e da indignidade que coloca manchas fortes na política deste país... E haverá uma tentativa de momentos “paz e amor”, muito populismo e um exagero de “terrorismo eleitoral”, tipo: vão acabar com o PAC, vão acabar com Bolsa Família. Puxa! Isto é conversa antiga, argumento anacrônico de quem não tem nada para mostrar. Uai (é uai mesmo)! Não gosto de caçar confusão (puxar briga), mas nesta conversa fiada eleitor não pode cair neeeemm (de jeito nenhum)!

5 comentários:

  1. Alterosa Marília,

    Ainda criança, estudante do “Raul Soares”, eu aprendi que em Minas tinha 822 cidades. Guardei este número por associação à Independência. Se forem acrescidas, de lá pra cá, 131 cidades, o total hoje seria de 953, então, certamente 118 foram aglutinadas para se obter o número de 835 cidades atuais anunciado por você.
    Isto, porém não vem ao caso, apenas para instigar o raciocínio ou o errôneo aprendizado.
    Lembro-me ainda desta época que Araguari, em termos territoriais, era maior que o Estado da Guanabara!
    Quantas riquezas cabem nesta Minas Gerais?
    Você não imagina o quanto sonhei em ser um grande homem, poderoso o suficiente para trocar terras mineiras por terras baianas ou capixabas com o intuito de sermos banhando pelo mar.
    Esta Terra, bruxa nariguda, de contrastes mil e enigmática é uma fábula! No norte impera a seca e os costumes nordestinos; no sul o clima frio petropolitano juizforense. Ainda encarrega-se de ”mineirar” paulistas, goianos, matogrossenses e os desavergonhados brasilienses.
    Marília, não são apenas 13 milhões de votos – Nisto você errou feio!

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  2. Amigo Natal,

    as minhas fontes de consulta devem estar erradas. Por favor, se você tiver o número certo, faça a correção. As pessoas podem ler o texto e guardar a informação errada, e isto não é bom. Agradeço muito a sua colaboração. Abraço

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  3. Marília, não é o Natal, é o Aristeu. Desculpe, eu não estou questionando seus números que estão absolutamente corretos, errado está o meu aprendizado estudantil, com certeza, ou a memória que já entrou em pane tantas vezes. Quando eu digo que treze milhões de votos é um "erro feio" é apenas uma figura de linguagem considerando a influência de cada voto mineiro em outros votos no cenário brasileiro. São realmente treze milhões de eleitores de voto verdadeiramente secreto, estudado, pensado, decidido e certo.

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  4. Amigo Aristeu,

    eu me confundi...mil perdões. O mesmo apelo que fiz para o Natal faço para você. Não consegui achar outros números. Agradeço sinceramente sua colaboração. Abraço.

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  5. Segundo o IBGE, Minas Gerais tem:
    Área (km²): 586.528,293
    Número de Municípios: 853
    População Estimada 2009: 20.033.665.
    Realmente começou a corrida à cata não de votos mas de apoios a planejamentos para o futuro e os votos podem ser uma pedra no caminho.

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