Interneta
Aristeu Nogueira Soares *
Fiquei sumido do mundo virtual. Primeiro por causa de uma cirurgia de hérnia e, em segundo, porque recebi a visita da minha neta por quase vinte dias, sem pai nem mãe. Atenção foi desmedida, pois ela é bem comportada e come bem.
Eu entrei muito rapidamente algumas vezes para não ficar totalmente isolado deste mundo da fibra óptica, mas textualizar não me foi possÃvel.
A danadinha ainda não tem três aninhos e sabe o que quer e como consegui-lo o mais rápido possÃvel. Pertence ao mundo do clique.
Foi puro encantamento a minha casa neste perÃodo - um presente natalino incomparável e sem precedentes.
As mil e uma noites dos contos das arábias renasceram no meu ser. A boneca Barbie é a Ãdola da minha florzinha e reviveu-me inúmeras cinderelas, rapunzéis e brancas de neve... Também vi Shurek, Tico e Teco, Tom e Jerry, Piu-piu e Frajola, Eras do gelo, dentre outros.
Perdi de vez o computador pra pequenina quando introduzi no monitor, através do Youtube, os personagens do MaurÃcio de Souza na Turma da Mônica.
Sem demérito aos enlatados estrangeiros, mas os personagens do MaurÃcio são muito mais extraordinários que outros, inclusive do Walt Disney. Precisamos de uma Mauriciolândia.
Até minha cunhada, professora pública, motivou-se em enfeitar a sala de aula com a Turma da Mônica.
No final da minha rua o trem de ferro apita e passa em busca do minério de Catalão e, independente da hora, minha neta queria ver o trem. A composição parece que sempre será fascÃnio aos pequeninos, foi assim com meus filhos e também comigo.
Dentro do possÃvel levei-a ao campo para ver vacas, cocos e cavalos, mas a tela, seja como monitor ou tudo de imagem, é a sua companhia predileta.
Também soltamos bolinhas de sabão, embalamos papa-ventos, desbundamos nos escorregadores, voamos nas camas elásticas, rebatemos bolas, jogamos dominó e baralho além de lambuzarmos de sorvetes e chuparmos balinhas de papais noéis.
Sorrimos. Choramos. Brigamos. Comemos de aviãozinho. Fui cavalinho e até esqueci-me do meu resguardo cirúrgico.
Como nostalgia lembrou-me da minha infância e de minha avó que minha neta chamaria de “Bruxa Feia” e eu concordaria em número, gênero e grau. Ainda bem que não se fazem mais avós como antigamente.
* Aristeu Nogueira Soares se autointitula um pobre coitado metido a escrever crônicas e a criticar o que está feito. É autor do blog Crônica do Meu Interior
Fiquei sumido do mundo virtual. Primeiro por causa de uma cirurgia de hérnia e, em segundo, porque recebi a visita da minha neta por quase vinte dias, sem pai nem mãe. Atenção foi desmedida, pois ela é bem comportada e come bem.
Eu entrei muito rapidamente algumas vezes para não ficar totalmente isolado deste mundo da fibra óptica, mas textualizar não me foi possÃvel.
A danadinha ainda não tem três aninhos e sabe o que quer e como consegui-lo o mais rápido possÃvel. Pertence ao mundo do clique.
Foi puro encantamento a minha casa neste perÃodo - um presente natalino incomparável e sem precedentes.
As mil e uma noites dos contos das arábias renasceram no meu ser. A boneca Barbie é a Ãdola da minha florzinha e reviveu-me inúmeras cinderelas, rapunzéis e brancas de neve... Também vi Shurek, Tico e Teco, Tom e Jerry, Piu-piu e Frajola, Eras do gelo, dentre outros.
Perdi de vez o computador pra pequenina quando introduzi no monitor, através do Youtube, os personagens do MaurÃcio de Souza na Turma da Mônica.
Sem demérito aos enlatados estrangeiros, mas os personagens do MaurÃcio são muito mais extraordinários que outros, inclusive do Walt Disney. Precisamos de uma Mauriciolândia.
Até minha cunhada, professora pública, motivou-se em enfeitar a sala de aula com a Turma da Mônica.
No final da minha rua o trem de ferro apita e passa em busca do minério de Catalão e, independente da hora, minha neta queria ver o trem. A composição parece que sempre será fascÃnio aos pequeninos, foi assim com meus filhos e também comigo.
Dentro do possÃvel levei-a ao campo para ver vacas, cocos e cavalos, mas a tela, seja como monitor ou tudo de imagem, é a sua companhia predileta.
Também soltamos bolinhas de sabão, embalamos papa-ventos, desbundamos nos escorregadores, voamos nas camas elásticas, rebatemos bolas, jogamos dominó e baralho além de lambuzarmos de sorvetes e chuparmos balinhas de papais noéis.
Sorrimos. Choramos. Brigamos. Comemos de aviãozinho. Fui cavalinho e até esqueci-me do meu resguardo cirúrgico.
Como nostalgia lembrou-me da minha infância e de minha avó que minha neta chamaria de “Bruxa Feia” e eu concordaria em número, gênero e grau. Ainda bem que não se fazem mais avós como antigamente.
* Aristeu Nogueira Soares se autointitula um pobre coitado metido a escrever crônicas e a criticar o que está feito. É autor do blog Crônica do Meu Interior
Imagino o que Aristeu teria feito se não estivesse de "resguardo"!!!
ResponderExcluirEntendo a euforia do Aristeu ao conviver mais de perto com a netinha e poder contar coisas que só o coração dos avós podem entender. Eu tenho também dois netinhos e eles são, hoje em dia, o grande prazer e a grande motivação da minha vida. Vai em frente,Aristeu! Eu também sou de uma "corujice" sem fim. Os netinhos merecem... Abraços.
ResponderExcluirBoa noite!
ResponderExcluirOi! Aristeu!
Adorei a forma como escreve. Parabéns! sugestão: Tente evitar o "não" em suas frases. Abraços, Daniela