Milagre!
MarÃlia Alves Cunha
Os jornais do paÃs publicaram alvÃssaras: o Min. Tarso Genro admitiu ritmo lento de investimentos em serviços de segurança pública no Rio de Janeiro e colocou a necessidade de triplicar o volume de recursos para que a situação fique satisfatória. A Copa do Mundo e as OlimpÃadas/2016 protagonizam esta súbita preocupação com a segurança pública na Cidade Maravilhosa. A promessa é de milhões e milhões em verbas do governo federal para preparar os grandes torneios internacionais e, mais uma vez, contar ao mundo uma “história da carochinha”...
Quantos já sofreram e sofrem os efeitos da violência e insegurança, quantas vidas já se perderam, quantos sonhos destruÃdos. Um absurdo avanço da criminalidade e da conquista de poder pelos criminosos de várias facções não são mais desconhecidos por ninguém neste paÃs. Somente a perspectiva dos grandes eventos, a necessidade de extravasar vaidades e de colocar fermento na auto-estima dos brasileiros, vai fazer surgir o dinheiro que irá transformar a cidade do RJ num espaço seguro e preparado para os grandiosos espetáculos.
Já assistimos a este filme. Aconteceu o mesmo na preparação da ECO 92. Depois da festa encerrada, o bonito já feito, tudo voltou ao que era antes: abandono, insegurança, violência crescente.
Nós, brasileiros somos credores da atenção das autoridades em segurança pública, independentemente de eventos, copas do mundo e que tais. Infelizmente, isto não acontece. São necessários fatos como uma OlimpÃada para que todos se mexam e apareçam, milagrosamente, as milionárias verbas destinadas à segurança pública.
Conheci MarÃlia. MarÃlia virtuosa e virtual. Com certeza um grande baluarte da resistência cidadã à s fórmulas de ledo engano e também resistência ao fora da ética ou o mais esplendoroso desvirtuamento operandis na urbe.
ResponderExcluirA idade cronológica dela é ainda mais incógnita quando se lhe arvora a disposição desmedida do opinar sempre como se uma aula fosse. Seus ideais, fogo em chama ininterrupta, parecem pertencer à juventude caloura e não a uma douta colecionadora de diplomas pluriversitários.
Ela me instiga a inventar-lhe palavras exclusivistas e rearranjar frases que causem efeitos.
Ela carrega no rosto um sorriso discreto, olhos receptivos e um bem-vindo na tez, mas é uma pessoa séria que recorda-nos o vivo Fernando Peron.
Há um tempo dei-lhe um palpite pra escrever textos menores, pois a atenção de leitores não é assim tão degustadora do seu refinado prato literário. Não sei se por acaso, mas o que sei é que agora ela continua perfeita e sob medida aos que se fartam com pouco.
Sei que a coloco, vez por outra, em calça justa, mas são supostas tentativas hilárias para tirar-lhe do peito tanta responsabilidade pela existência da Humanidade. Desculpas, mestra! Escrever pra mim é terapia uma vez que não existe nenhuma placa ofertando vagas para escritor ou poeta em toda a Internet ou planeta.
MarÃlia Alves é luz e assombra-me sua facilidade textual em derrubar artimanhas do poder que não emana do povo. Ela bate forte naquilo que inquieta a todos, mas é uma voz pra quem não escuta, uma letra pra quem não lê, um achado para os sem rumo...
Nossa, Aristeu!
ResponderExcluirEMOCIONEI-ME DE VERDADE! Suas palavras vão ficar para sempre num lugar reservado e especial, onde guardo acontecimentos importantes da minha vida. Obrigada.
MarÃlia
MarÃlia,
ResponderExcluirBom que o fator sentimento emotivo tenha te balançado. Minha intenção era esta. Você merece mais. Na gratuidade a gente joga palavras ao vento, e hoje também nos feixes de luz, sem que tenhamos retorno do efeito impactante, dos frutos. Nesta incansável tentativa de contribuir com nossa arte, este ano mesmo tive versos circulando na Feira Internacional de Paraty e que fizeram Manuel Bandeira vibrar no túmulo e eu também.