Tramas do poder
Marília Alves Cunha
As cidades estão repletas de “outdoors” imensos. Políticos, candidatos a políticos e até mesmo os que (parece) não tem esta pretensão expandem sorrisos clareados e hollywoodianos, iniciando um programa de poluição visual prá ninguém botar defeito. Caso as autoridades não contenham os impulsos midiáticos dos nossos concidadãos a coisa vai ficar feia. No caso dos políticos e dos pretendentes a políticos reputo a culpa ao nosso ilustre Presidente, que iniciou extemporaneamente a corrida eleitoral. Antes que o juiz desse início à partida e quebrando-se abertamente as regras do jogo, palanques foram levantados para receber a candidata a sucessão presidencial. A Mãe do PAC tem passeado sem descanso por este país, contando de obras que estão longe de começar ou de serem concluídas. O Planalto pôs o bloco na rua, amealhando cabos eleitorais importantes e para nosso desgosto, não demora nada a Internet vai ficar coalhada de santinhos eletrônicos e de demagogia barata. Ave!
Existe uma expressão que é usada como símbolo de não respeito aos limites: “atravessar o Rubicão”. Lembra-me esta expressão o governo federal, no seu modo de governar. Não admite a existência de falhas na sua gestão, ironiza as manifestações da oposição, taxando todos os atos da mesma de irresponsáveis, casuístas e politiqueiros, irrita-se sobremaneira com a CPI da Petrobrás, como se esta instituição fosse uma deusa intocável, esquecendo-se que a mesma é uma empresa pública, devendo sujeitar-se, como todas as outras, à investigação e fiscalização. Os senadores tornam-se pizzaiolos (para ofensa e justo agravo dos pizzaiolos) e, contra todas as evidências, faz-se a defesa aberta do Sen. Sarney, diferenciando-o de nós, pessoas comuns e lembrando a sua história, que nem sempre convém lembrar. Tudo em nome da governabilidade... Os fins justificam os meios?
A Previdência está com um enorme déficit, a educação vai de mal a pior apesar do barulho que se faz em torno, a saúde enfrenta graves problemas. Da segurança nem é bom falar (a UNICEF calcula que 33.000 jovens, entre 12 e 18 anos poderão ser assassinados entre o ano de 2006 e 20012). O Brasil está perdendo a guerra contra a violência e sendo taxado como um dos países mais violentos da América Latina e dos mais corruptos do mundo. Mania de grandeza brasileira...
O governo Federal tem fechado os cofres para a assistência de muitas coisas importantes. Enquanto os aposentados choram sobre seus minguados proventos, o aumento de volume de repasses federais liberados para instituições ligadas ao MST ultrapassa 20% e a UNE, que já teve em tempos gloriosos um ideário político, submete-se hoje ao poder, embalada por benesses públicas e finalidades menores.
Não existe Estado de Direito onde campeia o desrespeito às leis e regras, onde a impunidade abre seu manto protetor sobre alguns privilegiados, onde a Constituição é desrespeitada a cada momento no tratamento desigual que é dado às pessoas.
Enquanto isto, o gigante da América Latina empresta ao FMI, socorre a Argentina, Paraguai e “otras cositas más”, mostrando que, apesar da pobreza do povo, o país é rico e pode dar-se ao luxo de cometer estas audácias.
As cidades estão repletas de “outdoors” imensos. Políticos, candidatos a políticos e até mesmo os que (parece) não tem esta pretensão expandem sorrisos clareados e hollywoodianos, iniciando um programa de poluição visual prá ninguém botar defeito. Caso as autoridades não contenham os impulsos midiáticos dos nossos concidadãos a coisa vai ficar feia. No caso dos políticos e dos pretendentes a políticos reputo a culpa ao nosso ilustre Presidente, que iniciou extemporaneamente a corrida eleitoral. Antes que o juiz desse início à partida e quebrando-se abertamente as regras do jogo, palanques foram levantados para receber a candidata a sucessão presidencial. A Mãe do PAC tem passeado sem descanso por este país, contando de obras que estão longe de começar ou de serem concluídas. O Planalto pôs o bloco na rua, amealhando cabos eleitorais importantes e para nosso desgosto, não demora nada a Internet vai ficar coalhada de santinhos eletrônicos e de demagogia barata. Ave!
Existe uma expressão que é usada como símbolo de não respeito aos limites: “atravessar o Rubicão”. Lembra-me esta expressão o governo federal, no seu modo de governar. Não admite a existência de falhas na sua gestão, ironiza as manifestações da oposição, taxando todos os atos da mesma de irresponsáveis, casuístas e politiqueiros, irrita-se sobremaneira com a CPI da Petrobrás, como se esta instituição fosse uma deusa intocável, esquecendo-se que a mesma é uma empresa pública, devendo sujeitar-se, como todas as outras, à investigação e fiscalização. Os senadores tornam-se pizzaiolos (para ofensa e justo agravo dos pizzaiolos) e, contra todas as evidências, faz-se a defesa aberta do Sen. Sarney, diferenciando-o de nós, pessoas comuns e lembrando a sua história, que nem sempre convém lembrar. Tudo em nome da governabilidade... Os fins justificam os meios?
A Previdência está com um enorme déficit, a educação vai de mal a pior apesar do barulho que se faz em torno, a saúde enfrenta graves problemas. Da segurança nem é bom falar (a UNICEF calcula que 33.000 jovens, entre 12 e 18 anos poderão ser assassinados entre o ano de 2006 e 20012). O Brasil está perdendo a guerra contra a violência e sendo taxado como um dos países mais violentos da América Latina e dos mais corruptos do mundo. Mania de grandeza brasileira...
O governo Federal tem fechado os cofres para a assistência de muitas coisas importantes. Enquanto os aposentados choram sobre seus minguados proventos, o aumento de volume de repasses federais liberados para instituições ligadas ao MST ultrapassa 20% e a UNE, que já teve em tempos gloriosos um ideário político, submete-se hoje ao poder, embalada por benesses públicas e finalidades menores.
Não existe Estado de Direito onde campeia o desrespeito às leis e regras, onde a impunidade abre seu manto protetor sobre alguns privilegiados, onde a Constituição é desrespeitada a cada momento no tratamento desigual que é dado às pessoas.
Enquanto isto, o gigante da América Latina empresta ao FMI, socorre a Argentina, Paraguai e “otras cositas más”, mostrando que, apesar da pobreza do povo, o país é rico e pode dar-se ao luxo de cometer estas audácias.
Marília,
ResponderExcluirnós, defensores do Sistema Único de Saúde, continuamos aguardando que o Senado se desocupe de suas importantíssimas tarefas, para enfim aprovar o Projeto de Lei Complementar 01/2003 (PLC 01-2003) que regulamenta a Emenda Constitucional 29/2000.
Isso mesmo, desde o ano de 2000 esperamos que o Congresso Nacional regulamente a lei que institui os percentuais MÍNIMOS de investimento na Saúde, para os 3 níveis de gestão.
Ao que parece, nossos parlamentares andam ocupados com assuntos mais relevantes, como nomeação de parentes, atos secretos, gastos obscuros, defesa do "currículo??" do pzenti sarney e que tais.
Marília,
ResponderExcluirExplica pra o Edilvo que se instituir percentuais mínimos de Investimento na Saúde pode ter certeza que serão considerados máximos. Ninguém dará mais e ainda corre-se o risco de o percentual ser menor que algum praticado hoje. Faca de dois gumes.
Edilvo,
ResponderExcluirinfelizmente a saúde do povo brasileiro não é foco de preocupação dos nossos políticos. E depois desta "presepada" toda, citada por você, nossos parlamentares vão continuar inócuos com relação ao bem estar coletivo, pois estarão certamente muito preocupados tentando conservar seus cadeirinhas no Congresso Nacional. Pô! Será que a gente merece???