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Pedido providenciado

Aristeu Nogueira Soares

Se eu falo com Deus diretamente então tenho livre acesso a qualquer autoridade do mundo.

Não acredito em políticos, mas creio que há exceções na regra.

Quando o Senador Paulo Octávio, atual Vice-Governador do DF, era Deputado Federal, tive a prova cabal disto.

Ele é dono da “PaulOOctavio Investimentos Imobiliários Ltda”, a maior de Brasília.
Muito se diz por lá de certa sociedade, ou seria quadrilha, entre eles, Luiz Estévão e Sérgio Naya, aquele do Edifício Desaba Palace, mas todos agora regem na carreira solo.

Eu morava num apartamento funcional da União, mais especificamente distribuído ao Exército, quando a PaulOOctavio iniciou a construção de um edifício que por lá é chamado de bloco.

A superquadra norte residencial 305 teve movimento de máquinas pesadas e o isolamento da quadra de esportes. As escavações, o barulho e gente estranha fizeram-se presentes onde antes havia quietude e paz. O gramado de outrora se transformou num lamaçal em certa época e em poeira intensa noutra época.

Moradores indignados fizeram denúncias na Mídia em geral e nos quartéis... Nenhuma providência foi tomada para o impedimento de ações exageradas ou recuperação do espaço. Então, através de uma carta pessoal minha, protocolada na sala da Presidência da Empresa “PaulOOctávio”, consegui sensibilizar o Deputado.

Ele remodelou a quadra para poliesportiva, aumentou o alambrado e tudo cheirando a tinta. Arborizou e ajardinou o espaço. Edificou uma churrasqueira bastante disputada. O parquinho de brinquedos transformou-se em pura algazarra. Foram felizes, não para sempre, pois a coisa pública, infelizmente não é sempre bem cuidada pelos cidadãos.

O mais interessante é que a autoridade, em momento algum me deu qualquer satisfação a respeito do meu pedido ou das providências. Ele mesmo confidenciou-me ser um homem de realizações – primeiro ele faz e disto sou prova.

Por coincidência, no período da reforma, fui trabalhar, por seis meses, na Usina de Irapé, no Norte de Minas e não presenciei em nada a equipe em obra da reforma.

Somente no meu retorno à Brasília é que pude ver a transformação acontecida. A inauguração deu-se sem mim. Nem imaginava ter sido o personagem principal daquele capítulo, personagem anônimo também para todos os beneficiados moradores.

Logo após minha chegada recebi um telefonema do Deputado Paulo Octávio indagando-me se estava a contento o trabalho realizado ao meu pedido. Respondi, meio assustado com a inesperada ligação, que a emenda estava melhor que o soneto.

Ele já havia ligado antes, mas meu filho desligou-lhe na cara pensando tratar-se de trote, afinal um deputado daquele porte o quê iria querer com seu mero pai sargento?

4 comentários:

  1. Como vice-governador, ele bem que poderia mandar construir, com dinheiro da empresa dele, umas quadras lá em Samambaia. Há poucos dias, vi uma reportagem, com crianças reclamando a falta de opções de lazer naquela região.
    Acho essa sugestão bastante razoável, uma vez que boa parte da fortuna do senhor PO deve-se à proximidade com o Poder. Mesmo que ele construísse uma quadra dessas para cada dez brasilienses, ainda assim ficaria nos devendo.

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  2. Eu acredito que isto seja de simples solução. Faça como eu - Que os interessados escrevam cartas a ele. Comigo funcionou, não sei realmente em que trecho eu o tenha sensibilizado, mas segue cópia da referida carta. Quem sabe ela possa produzir mais frutos como as Cartas de São Paulo...

    Brasília-DF, 08 DE MAIO DE 2000.

    Sr Empresário e Deputado Paulo Octávio,

    Em primeiro lugar quero salientar que neste último pleito meu voto não foi contabilizado para o Senhor. O porquê se explica no fato de que trabalhando em Encontros de Casais com um funcionário e cabo eleitoral seu, já aposentado, o Osmar, esposo de Rita, vi que meu voto 2525 seria chover no molhado. O Osmar fez uma campanha fervorosa para o Senhor e provava estatisticamente que alcançaria setenta mil votos então direcionei, talvez erroneamente, meu voto à minha classe militar. Sou sargento do Exército residente na SQN 305 e fiquei indignado noutras eleições com o tal voto de legenda. Votei no Senhor que na época pertencia a um partido fraco e, apesar de bem votado, o Candidato 2020 (acho que era esse seu número) ficou num tipo de suplência. O panorama atual é muito diferente e o Senhor é uma referência de homem público e empresário eficiente.
    Bem, com a introdução até exagerada, vamos às vias de fato. O que pleiteio frente a este dignitário político-empreendedor-desportista é que se tire uma má impressão sua que corre de boca-a-boca, embora modestamente, na minha Quadra. Há pouco mais de um ano foram iniciadas obras de construção civil de um bloco residencial pela sua empresa aqui na 305 Norte. O muro do canteiro de obras ultrapassou o poste de energia de onde se ligava os refletores de nossa quadra esportiva. Deste poste sai a energia para sua obra. A energia dos refletores desapareceu e a prática desportiva noturna ficou impossibilitada. De uma maneira imprópria foram feitas denúncias à Imprensa sobre prováveis irregularidades e remessa de ofícios indevidos a órgãos arquivadores. Neste início de maio dirigi-me à Ouvidoria da CEB e com uma simplicidade incrível tudo voltou a ser iluminado. Ainda por cima, como maravilha, não se desliga mais os refletores às 22h00.
    Aí o Sr perguntaria: “E eu com isso?” É o seguinte: Estou propondo ao Sr que levante nossos alambrados. As bolas não invadirão o seu canteiro de obras juntamente com nossos gandulas. O seu pessoal técnico-experiente poderia até dar uma avaliada melhor nas condições precárias de nossa quadra e poderia sair barato reformá-la. Tal realização te custaria pouco como empresário, mas um retorno enorme como político. Pensando bem a gente até que merecia mais uma quadra, afinal éramos apenas três blocos e hoje mais que o triplo. Com ou sem intenção a “PaulOOctávio” nos privou de lazer e condicionamento físico o que é uma aversão ao defensor de Brasília em olimpíadas ou desportos em todos os níveis.
    Conto com vossa compreensão e empenho. Aproveito a oportunidade para indagar sobre a venda dos Imóveis da União com ocupação por militares. Segundo boatos, poderíamos adquiri-los em breve e que o Senhor empenha esta bandeira. É verdade?
    Atenciosamente
    Aristeu Nogueira Soares

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  3. A idéia é ótima. Contudo, infelizmente ainda falta à maioria a noção e importância do exercício da cidadania.
    Veja que, no caso da reclamação dos moradores de Samambaia, a repercussão foi até razoável, uma vez que foi veiculada pela Rede Globo.
    Aliás, essa mesma emissora teve uma idéia que poderia implementada em outros lugares. A Globo coloca uma autoridade para viver as agruras dos cidadãos comuns. Ontem, por exemplo, o Diretor do DFTRANS (Transportes Urbanos) utilizou o transporte coletivo no trajeto Plano Piloto-Candangolãndia. Resultado: não necessitou fazer mais de uma viagem para perceber que era necessário aumentar o número de ônibus na linha. Foi o que ele fez já na parte da tarde.
    Esse é o verdadeiro papel da imprensa: fomentar a cidadania, mostrando que é possível mudar as coisas. É esse o serviço prestado anonimamente pelo Aristeu onde quer que ele esteja. Um dia ainda teremos milhões de Aristeus.

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  4. Essa do político passar por agruras deveria ser de sua própria iniciativa, assim como os gênios sentam numa cadeira de rodas pra elaborar idéias que facilitem a locomoção aos usuário. O Governador goiano vindo à Goiandira teve condução aérea até Catalão. De lá pra cá veio de carro. O motorista dele, Deus o abençoe, acertou o carro em todos os buracos desta pequena distância. Diante da trepidação o Governador, chamado carinhosamente por Cidinho, mandou recapear a pista, oh, Glória! Aleluia!

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