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Sua Excelência não convenceu

Do blog da cientista política Lucia Hippolito:

Muito nervoso, maltratando a língua portuguesa, o presidente do Senado, senador José Sarney, foi à tribuna para se defender das críticas, segundo ele, muito injustas, que não respeitam sua biografia.

Não convenceu. Listou vários fatos de sua biografia. Falou dos 50 anos de vida pública, misturou fatos ocorridos durante a ditadura com ações suas na presidência da República.

Eximiu-se de toda e qualquer responsabilidade pela desmoralização completa por que passa o Senado da República. Repetiu inúmeras vezes que a crise não é dele, é do Senado.

Lamento, mas o senador José Sarney é o maior responsável pela crise.

Não se trata de desmentir ou de apagar a biografia do nobre parlamentar. Longe disso. Quem reescrevia o passado eram os historiadores soviéticos. A história de José Sarney é bem conhecida.

O que há de mais curioso a ressaltar no discurso de quase meia hora é a total falta de compromisso de José Sarney com os últimos dez ou 15 anos da história do Senado. Sarney discursou como se tivesse chegado ontem à presidência da Casa.

Como se não estivesse presidindo o Senado pela terceira vez. Como se não fosse pessoalmente responsável pela criação de cerca de 50 das 181 diretorias recém-descobertas na Casa. Leia mais...

Leia também:
- Sarney garante que punirá quem estiver envolvido em irregularidades

5 comentários:

  1. Cinquenta anos de vida pública... Exatamente a minha idade, ou seja, tudo de ruim que aconteceu comigo ele pode ser o culpado. Se fossem apenas 50 anos, mas temos outros "Sarneys" por outros cinquenta. Árvore, galho e frutos, tudo proibido!

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  2. Imagine com essa idade ter construído um império, ser dono de dois estados e nunca trabalhou como empregado ou empresário. Veja também quem está voltando para moralizar a casa: Sarney, Collor, Renan, etc. Eu já havia comentado que a indignação da Marília era somente com a ponta de um iceberg e vem mais...

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  3. Biografia???

    Qual biografia??

    Tenha a santa paciência.

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  4. Putz... o defunto nem esfriou e parece que surgiram outros parentes contratados, inclusive uma senhora que "presta serviços à Casa" morando na Espanha.

    E o presidente Lula, lá de longe, resmunga que Sarney "não pode ser tratado como um cidadão comum".

    Concordo. Nenhum cidadão comum, com um mínimo de decência, patrocinaria nem acoitaria (durante longos 50 anos) esse tipo de patifaria.

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  5. Só faltou ao Lula dizer que o Sarney é intocável em clara defesa de si mesmo, prevenindo-se para o futuro. já é o corporativismo dos presidentes... E essa é a mentalidade da população da qual o Lula é oriundo. Talvez você conheça nas cidades quem é tão respeitado que você fica inibido de agir por ações ou palavras... mesmo quando é para reparar erros...

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