Saúde é o que interessa...
Marília Alves Cunha
O vice-presidente da república, José de Alencar Gomes da Silva, nasceu de uma família pobre e numerosa, em Muriaé, pequena cidade do interior de Minas. Empresário e político respeitado, construiu um império fabuloso no ramo da indústria têxtil. Atacado por grave doença tem dado demonstrações de fé, ânimo e vontade de viver e trabalhar, enfrentando com coragem sua sina. Não conteve o choro durante entrevista feita há algum tempo, quando agradeceu a Deus as oportunidades de cura, por ter condições de receber tratamentos adequados, de alta tecnologia. Tomado pela emoção dirigiu-se ao povo brasileiro, carente de recursos médicos, mendicante quando se trata de resolver problemas de saúde. A atual Ministra da Casa Civil, Dilma Roussef, mineira, nascida em Belo Horizonte, há algum tempo atrás também se emocionou durante entrevista em visita à cidade natal, referindo-se à “mineiridade” latente no seu íntimo, num momento em que, ungida candidata ao trono presidencial, não poderá prescindir do voto das Gerais na realização de seu intento político. Atacada por insidiosa doença recebe assistência a tempo e hora, na luta para debelar o mal. A melhor tecnologia, os melhores ou mais famosos médicos, medicamentos de última geração, transporte aéreo tantas vezes quantas forem necessárias. Deve estar também agradecendo a Deus pelo sortilégio de enfrentar a doença com mais tranqüilidade, sabendo que todos os recursos serão disponibilizados. Desejamos, acredito todos os brasileiros, que estes ilustres personagens da vida política logrem êxito total na recuperação da saúde.
Ainda sobre o assunto saúde, recebi dia desses um “mail” interessante, referente ao Plano Vitalício de Saúde dos Senadores. É de causar inveja, um verdadeiro maná! Um senador, com permanência de apenas 6 meses no Senado, garante sem pagar bulhufas um plano de saúde familiar vitalício. É o melhor do mundo, com um custo benefício sem precedentes: cobertura total desde o primeiro dia, sem limite de idade, sem esta conversa fiada de doença pré-existente, custo zero para o resto da vida, custo mais que oneroso para os infelizes contribuintes.
Contrariamente, o que a gente vê, ouve e sente a respeito da quase total inoperância governamental em relação à saúde dos brasileiros comuns é impressionante. Quem for “privilegiado” e puder arriscar uma parte de seus ganhos para pagar um plano de saúde, costuma respirar meio aliviado. Deo Gratias. Para a grande maioria silenciosa que depende única e exclusivamente do poder público para resolver seus problemas de saúde, o prognóstico não é nada auspicioso. Quem nunca ouviu falar nas filas do INSS, na espera por um exame ou cirurgia que às vezes vem tarde demais, de aparelhos modernos que não são utilizados por falta de quem os opere, nas dificuldades dos hospitais universitários? Quem nunca sentiu na carne a dor da orfandade, aquele sentimento de abandono que nos acompanha quando nos faltam o socorro e a atenção de que carecemos na doença?
Para amarrar o assunto, estas mesmas “zelites” políticas que gozam de benesses e privilégios incontáveis, inventaram e aprovaram Emenda Constitucional que obriga os funcionários públicos, já aposentados, a contribuir com ll% para a sempre deficitária Previdência. A verdade é que “pimenta no olho dos outros não arde” ou como dizia minha querida e finada avó: “Se a farinha é pouca, meu pirão primeiro”.
O vice-presidente da república, José de Alencar Gomes da Silva, nasceu de uma família pobre e numerosa, em Muriaé, pequena cidade do interior de Minas. Empresário e político respeitado, construiu um império fabuloso no ramo da indústria têxtil. Atacado por grave doença tem dado demonstrações de fé, ânimo e vontade de viver e trabalhar, enfrentando com coragem sua sina. Não conteve o choro durante entrevista feita há algum tempo, quando agradeceu a Deus as oportunidades de cura, por ter condições de receber tratamentos adequados, de alta tecnologia. Tomado pela emoção dirigiu-se ao povo brasileiro, carente de recursos médicos, mendicante quando se trata de resolver problemas de saúde. A atual Ministra da Casa Civil, Dilma Roussef, mineira, nascida em Belo Horizonte, há algum tempo atrás também se emocionou durante entrevista em visita à cidade natal, referindo-se à “mineiridade” latente no seu íntimo, num momento em que, ungida candidata ao trono presidencial, não poderá prescindir do voto das Gerais na realização de seu intento político. Atacada por insidiosa doença recebe assistência a tempo e hora, na luta para debelar o mal. A melhor tecnologia, os melhores ou mais famosos médicos, medicamentos de última geração, transporte aéreo tantas vezes quantas forem necessárias. Deve estar também agradecendo a Deus pelo sortilégio de enfrentar a doença com mais tranqüilidade, sabendo que todos os recursos serão disponibilizados. Desejamos, acredito todos os brasileiros, que estes ilustres personagens da vida política logrem êxito total na recuperação da saúde.
Ainda sobre o assunto saúde, recebi dia desses um “mail” interessante, referente ao Plano Vitalício de Saúde dos Senadores. É de causar inveja, um verdadeiro maná! Um senador, com permanência de apenas 6 meses no Senado, garante sem pagar bulhufas um plano de saúde familiar vitalício. É o melhor do mundo, com um custo benefício sem precedentes: cobertura total desde o primeiro dia, sem limite de idade, sem esta conversa fiada de doença pré-existente, custo zero para o resto da vida, custo mais que oneroso para os infelizes contribuintes.
Contrariamente, o que a gente vê, ouve e sente a respeito da quase total inoperância governamental em relação à saúde dos brasileiros comuns é impressionante. Quem for “privilegiado” e puder arriscar uma parte de seus ganhos para pagar um plano de saúde, costuma respirar meio aliviado. Deo Gratias. Para a grande maioria silenciosa que depende única e exclusivamente do poder público para resolver seus problemas de saúde, o prognóstico não é nada auspicioso. Quem nunca ouviu falar nas filas do INSS, na espera por um exame ou cirurgia que às vezes vem tarde demais, de aparelhos modernos que não são utilizados por falta de quem os opere, nas dificuldades dos hospitais universitários? Quem nunca sentiu na carne a dor da orfandade, aquele sentimento de abandono que nos acompanha quando nos faltam o socorro e a atenção de que carecemos na doença?
Para amarrar o assunto, estas mesmas “zelites” políticas que gozam de benesses e privilégios incontáveis, inventaram e aprovaram Emenda Constitucional que obriga os funcionários públicos, já aposentados, a contribuir com ll% para a sempre deficitária Previdência. A verdade é que “pimenta no olho dos outros não arde” ou como dizia minha querida e finada avó: “Se a farinha é pouca, meu pirão primeiro”.
Enquanto isso, "suas nobres excelências" deixam mofar nas gavetas do Congresso Nacional o Projeto de Lei Complementar 01/2003 (PCL 01/2003) que deve regulamentar a EMENDA CONSTITUICONAL 29/2000. Aquela EC 29/2000 define os percentuais MÍNIMOS de investimentos em SAÚDE, para os três níveis de gestão.
ResponderExcluirPor inoperância e descaso do Congresso, os municípios continuam minguando os parcos recursos federais para custeio das ações assistenciais, notadamente na Média Complexidade.
E alguns dinossauros ainda insistem em falar de sua "biografia".
Lastimável...
Isto mesmo, Marília, vamos tirar primeiro farinha deles. Quem sabe eles pirarão...
ResponderExcluirMuito bem retratada a situação pela Marília. Contudo, acredito que outros fatores devem ser considerados.
ResponderExcluirA questão não se resume a essa desigualdade, passando, também, pela questão ética. Há muito, a Medicina, com cada vez mais raras exceções, perdeu o caráter social e passou a ser meramente mercantilista.
Aí, entra a política e a má gestão pública para agravar esse quadro ou fomentá-lo ainda mais. Isso é comprovado não somente pela insuficiência dos recursos a que se referiu o Edilvo Mota, mas também pela má qualidade dos gastos públicos nessa área.
Isso tudo, aliado ao fato de que, para alguns, ainda estamos numa monarquia, recheada de privilégios, cria essa situação indecente traduzida pela Marília.
E a falência do Estado é linear; a situação não é diferente na segurança pública, que deixa o cidadão com medo de deixar a casa apenas fechada; de caminhar na rua a qualquer hora sem sentir medo. E a segurança passa a ser comprada de empresas de segurança. E essas pessoas que governam já possuem as suas seguranças. Não é diferente na área educacional onde os alunos mal formados agora estão assumindo as salas de aulas agora como professores. E essas pessoas que governam não tem filhos em escolas públicas. E assim estamos diante de uma revolução de cima para baixo, pressionando a sociedade, estados e municípios, a assumirem suas respectivas responsabilidades sociais. Mas tudo ainda parece que depende da biografia...
ResponderExcluirParabéns pela excelência de seu texto.Fico a admirado com tanta capacidade.Parabéns.
ResponderExcluirSebastião A.Neto.
tiaoaneto@yahoo.com.br