Olhando com o coração
Aristeu Nogueira Soares *
Vi parte da fala do Lula a respeito do Programa de Habitação. Glória! Curvou-se aos levantamentos do IBGE.
Pela primeira vez olhei-o sem preconceitos e também não sei explicar a razão. Ele sempre me pareceu o Homem das Cavernas. O Lula tem um aspecto físico que não me agrada, sua voz parece rançosa, mas desta vez fui hipnotizado pelo transcendental, só pode.
Aquele sujeito, tido como pinguço, pareceu-me o mais lúcido dos seres humanos. O estereótipo de preguiçoso não correspondia àquele dinâmico “velhinho” que exigia rapidez e eficiência nas ações de todos os setores da máquina administrativa. Para concretizar os objetivos da moradia também abria portas às contribuições diversas – o que chamou de choque de gestão!
A capa do analfabetismo foi despida dando lugar a uma couraça da genialidade no momento que suplicava por projetos participativos.
Vi-o sair das sombras quando exigiu placas solares nas novas residências dos brasileiros!
Senti que até o mesmo é fragilizado pelas amarras da burocracia e delegou poderes em profusão e, acima de tudo, sem interesse eleitoreiro, pois deixou a Casa Civil de fora. De fora de uma fatia de bolo com recheio, cobertura e incrustada de morangos com cerejas.
Fala-se mundialmente na crise econômica que nos assola e que produz amarras, mas não devemos enfrentá-la ao relento.
A casa própria seria mais um legado daquele retirante que busca não a terra prometida, mas a construção da mesma.
O mais grave é que ele anda cambaleante, mas por causa das pedras que colocamos no seu caminho.
* Aristeu é autor do blog Doença Crônica
Vi parte da fala do Lula a respeito do Programa de Habitação. Glória! Curvou-se aos levantamentos do IBGE.
Pela primeira vez olhei-o sem preconceitos e também não sei explicar a razão. Ele sempre me pareceu o Homem das Cavernas. O Lula tem um aspecto físico que não me agrada, sua voz parece rançosa, mas desta vez fui hipnotizado pelo transcendental, só pode.
Aquele sujeito, tido como pinguço, pareceu-me o mais lúcido dos seres humanos. O estereótipo de preguiçoso não correspondia àquele dinâmico “velhinho” que exigia rapidez e eficiência nas ações de todos os setores da máquina administrativa. Para concretizar os objetivos da moradia também abria portas às contribuições diversas – o que chamou de choque de gestão!
A capa do analfabetismo foi despida dando lugar a uma couraça da genialidade no momento que suplicava por projetos participativos.
Vi-o sair das sombras quando exigiu placas solares nas novas residências dos brasileiros!
Senti que até o mesmo é fragilizado pelas amarras da burocracia e delegou poderes em profusão e, acima de tudo, sem interesse eleitoreiro, pois deixou a Casa Civil de fora. De fora de uma fatia de bolo com recheio, cobertura e incrustada de morangos com cerejas.
Fala-se mundialmente na crise econômica que nos assola e que produz amarras, mas não devemos enfrentá-la ao relento.
A casa própria seria mais um legado daquele retirante que busca não a terra prometida, mas a construção da mesma.
O mais grave é que ele anda cambaleante, mas por causa das pedras que colocamos no seu caminho.
* Aristeu é autor do blog Doença Crônica
É fé demais! Estamos na iminência de novamente perpetuar as favelas urbanizadas, a exemplo da Cidade de Deus, no Rio, e outras cidades. Mas de imediato, nada, por depender de projetos e análises da CEF. O esforço das autoridades agora, especialmente do Ministério das Cidades, é para aplacar esse fantasma do passado, prevenindo-se com o saneamento adequado e a presença do Estado no local (escolas, delegacias, hospitais, etc.). Para mim duas coisas nisso são básicas para serem observados quantos aos resultados urbanísticos: quando o governo financia diretamente o mutuário e quando financia os projetos das construtoras. A ver...
ResponderExcluirNatal
É sempre um prazer ler o que o Aristeu escreve. Quanto ao assunto em questão, sou igual a São Tomé: é ver para crer. Na minha opinião, estamos diante de uma grande propaganda eleitoral oficial e extemporânea. Posso até mudar de idéia. Veremos...
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