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O laço, por Inocêncio Nóbrega

Para o jornalista Inocêncio Nóbrega, Dilma Rousseff é vítima de impedimento inteligentemente instrumentalizado por agentes internos, a serviço de quadrilha baseada no exterior, especializada no desmonte de governos democráticos e progressistas.  

Inocêncio Nóbrega
Jornalista
inocnf@gmail.com  

Só possível alcançar-se o gigante da economia estadunidense, com seu PIB de US$ 16,8 trilhões, mediante conjunto de países cujo crescimento tenha força de competitividade, na escalada mundial. Nessa direção surge o Brics: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, com um PIB comparável de US$ 16 trilhões. Cobrindo extensas áreas não contíguas, ao lado de suas diversidades culturais, sociais e de renda, dispõe de cobiçáveis potencialidades de mercado,abundantes recursos naturais, poder estratégico e, sobretudo da espécie humana, 2,9 bilhões de pessoas, longe dos 345 milhões de norte-americanos, num relacionamento comercial entre si que cresceu 150%, numa representatividade global da ordem de 37%, indo além dos olhos mais otimistas. Empresas indianas e chinesas concorrem com a Siemens, Ericsson, IBM; o Brasil, maior exportador de café do mundo, oferece sua Embraer. Para impulsionar, ainda mais, seu desenvolvimento, é criado o Banco do Brics, com uma subscrição inicial e igualitária de US$ 50 bilhões, como alternativa ao Banco Mundial e FMI. Agora, se inverte a pergunta: como enfrentar-se tal gigantismo?

Há um mês, Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos descobriu que dentre 11 milhões de documentos investigados a existência de contas bancárias secretas, em vários paraísos fiscais, inclusive do Panamá, os chamados “Papeis do Panamá”, envolvendo personalidades políticas e empresariais de 200 países, inclusive o nosso. Putin e Macri estão listados. George Soros, “personagem mais malvado do planeta” - qualifica um jornal mexicano -  carrega a máscara de filantrópico, porém é resguardador da CIA, mantendo conchavo com a Fundação Ford e USAID, sendo denunciado pela Wikileaks como haver financiado dito papeis. O vice porta-voz do Departamento de Estado, Mark Toner, também reconheceu haver efetuado idêntica operação. Desse escândalo internacional se aproveitam os EUA para torná-lo proveitoso instrumento de guerra geopropagandística, de ataques pessoais a membros e eliminação, peça por peça, do Brics.Iniciam pela desestabilização da Rússia e consequente queda de Putin; frear o desenvolvimento da China, atingindo seu Chefe de Governo, Xi-Jinping; debaque do Brasil e consequente ruptura democrática, tudo culminando com a paralização da Índia e da África do Sul.

Gigantesca concentração oligopólica de multimídia ocidental, algo em torno de 1.500 periódicos, 9.000 estações de rádio; 1.500 TVs, controladas por apenas seis transnacionais, inclusos conglomerados midiáticos brasileiros, há tempo vinha operando na montagem desse perverso esquema de desoneração do Brics.  Lógico, o impedimento contra a presidente Dilma Rousseff, a primeira vítima dentre esses líderes a cair, foi programático, inteligentemente instrumentalizado por agentes internos, a serviço dessa quadrilha baseada no exterior, especializada no desmonte de governos democráticos e progressistas. Fácil a cooptação de inocentes inúteis, dada a genética golpista do latino. Comprovada está que a imputação de crime de responsabilidade fiscal, fartamente contestada a exaustão, é mero pretexto, uma questão logística, estudada e preparada por especialistas dessa artimanha, com resultados já garantidos na América Latina. Convenci-me, portanto, de que se procurou laçar o Brasil, nossa Chefe de Estado, por consequência. Os demais, continuam sob mira desse terrorismo internacional.

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