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Distante independência

Inocêncio Nóbrega
Jornalista
inocnf@gmail.com


Bom seria se a mídia brasileira desse, prioridade, ao menos um dia do ano, a matérias culturais relativas à efeméride de hoje. Seletas palavras, de consagrados a anônimos escritores, em prosa e versos, enaltecendo belas páginas de nossa história. Omiti-las, é apagar a soberania conquistada, é comungar com o processo de traição nacional.  Cedo, pois, parte de meu espaço, a dois pequenos textos, cujos autores expressam  sentimentos de uma época.

 O título é do jornalista João Manoel de Carvalho, decano da imprensa paraibana, datado de setembro/95, seguindo-se o poema, de Décio França, do “Jornal do Comércio, de Manaus, ed. 07.09.1972. Ambos, transcritos do meu livro, “Independência! No Grito e na Raça”.

“Nunca, talvez, o Brasil comemorou a sua formalíssima data da independência tão distante dela e sofrendo duras humilhações com a sua soberania e a sua própria segurança jogadas na lata do lixo da história por reformas constitucionais, que simplesmente estão desconstituindo o próprio Estado brasileiro, abrindo o seu território à avidez e à voragem das corporações internacionais e, o que é pior: com a ocupação de parte de seu território, na Amazônia, por topas do Exército norte-americano.

Fazer rufar os tambores, desfraldar as bandeiras multicoloridas e fazer desfilar pelas ruas e praças uma juventude sem perspectiva de vida, socialmente asfixiada, não significa patriotismo e muito menos amor pela causa nacional. A nação continua indefesa.

O país se acostumou aos formalismos inúteis e passou a festejar datas e símbolos que não refletem a realidade, quando tudo se reduz a exibições aleatórias e vagas, que não têm vínculo nem compromisso com a defesa do País e do seu povo.

Reconhecemos os esforços das Forças Armadas em manterem a nossa independência, mas é preciso advertir que elas serão tragadas por esse sistema que domina o Brasil e os países periféricos, que logo não titubeará em declarar a sua desnecessidade, sob o argumento de que a pátria não tem patrimônio e, portanto, tornar-se-ão dispensáveis suas forças de defesa”.

    “Por toda a nossa Pátria ainda ecoa, / Repercutindo jubilosamente, O Grito do Ipiranga que povoa  / Da glória e luz o coração da gente.

        Em coro heróico a mocidade entoa / Um hino de beleza transcendente, / Evocando, brilhante, a causa boa / Que nos tornou Nação Independente.

        Brado de Fé, de Redenção e Glória / Foste o mais novo exemplo de bravura / Eco de luz pelo céu da história / A nossa Pátria, grande, livre, forte / Reverá p´ra geração futura / O grito altivo – Independência ou Morte”!

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