Header Ads

Ato do Comando do Exército devolve denominação de origem ao 2.º Batalhão Ferroviário de Araguari

Foto: Portal de Araguari

DA REDAÇÃO - Assinada pelo General Eduardo Dias da Costa Villas Bôas, Comandante do Exército, a Portaria 908, do Ministério da  Defesa, editada em 22 de julho do ano em curso, alterou a denominação do 11.º Batalhão de Engenharia de Construção para 2.º Batalhão Ferroviário.  A motivação da mudança do nome se deve principalmente à retomada de projetos de construção de novas ferrovias no território brasileiro, em especial a conexão que prevê ligar a cidade do Rio de Janeiro, banhada pelo Oceano Atlântico, à costa peruana, no Oceano Pacífico, em uma ação que envolve interesses comerciais do Brasil e China.

O documento, lido na última sexta-feira (31/7), durante solenidade militar realizada no quartel da unidade em Araguari, em comemoração ao aniversário de 77 anos de sua criação, causou surpresa ao menos às autoridades civis presentes ao evento e foi recebida com alegria pelos militares e civis mais antigos.  A portaria resgata a denominação inicial da Unidade criada no dia 29 de julho de 1938, na cidade de Rio Negro-PR, com a finalidade de atuar na área de engenharia ferroviária.

Também conhecido por Batalhão Mauá, em homenagem a Irineu Evangelista de Souza, o Barão e Visconde de Mauá, seu patrono considerado o construtor da primeira ferrovia brasileira, o 2º Batalhão Ferroviário foi transferido para Araguari em 1965, com a missão de interligar Brasília ao Sistema Ferroviário Nacional.  Em 1999 perdeu a denominação original e passou a ser o 11.º Batalhão de Engenharia de Construção para ajustar-se à nova doutrina do Exército e expandir sua participação a outras obras de infraestrutura, como a prestação de serviços em implantação de rodovias e aeroportos pelo país afora. 

Repercussão

Responsável principal pela transferência do 2º Batalhão Ferroviário da cidade paranaense de Rio Negro para Araguari, o ex-prefeito Miguel Domingos Oliveira esteve presente nas comemorações do aniversário de criação da unidade, realizadas no último dia 31.  Segundo ele, a alteração do nome ocorrida na década de 90 do século passado, impactou de forma negativa a sociedade, tendo muita gente considerada errada a decisão. “Ferrovia nao é construção usual. É especialidade e é estratégica. Ferrovia não é construção. É muito diferente. Por isso, e num país de dimensão continental, as Forças Armadas devem manter batalhões especializados no transporte de grandes massas a grandes distâncias, e  para reparação rápida e emergencial de ferrovias,  no caso de conflito e até fora dele”, disse o ex-prefeito.

Ao receber a notícia da alteração da denominação, Miguel Oliveira foi um dos primeiros a aplaudir. “É um gesto grandiloquente de reparação administrativa, que devolve ao 2.º Batalhão Ferroviário sua denominação específica, na sua atividade fim.  A alteração foi muito bem recebida por ser correta”, observou o ex-prefeito.


Nenhum comentário

Os comentários neste blog passam por moderação, o que confere
ao editor o direito de publicá-los ou não.