Header Ads

Sonhos, dramas e a rotina de trabalho de garotas de programa

De Rick Paranhos no jornal Correio de Uberlândia, hoje:

Fim de tarde de quinta-feira, para muitos o momento ideal para relaxar com os amigos em um barzinho ou clube, para Paula (nome fictício), 18 anos, “é hora de pegar no batente”. Com uma blusa de frio nas mãos, ela se despede do filho, de 4 anos, e segue para o ponto de ônibus. O menino fica com o irmão de Paula, de 19 anos. Cerca de 30 minutos depois, ao desembarcar em uma das rodovias da zona Norte de Uberlândia, próximo ao Distrito Industrial, por volta de 19h, ela reza para que a noite seja produtiva, ao mesmo tempo em que pede proteção divina.

Pelo Brasil afora, esta é uma cena rotineira para milhares de mulheres, adolescentes ou adultas, em aproximadamente 1,9 mil pontos de prostituição espalhados por mais de 60 mil quilômetros de estradas federais. Os dados fazem parte de um levantamento da Polícia Rodoviária Federal (PRF) feito em 2007. Esta rede é alimentada, em sua maioria, por caminhoneiros que procuram companhia para passar a noite enquanto descansam e esperam a hora de seguir viagem.

A preocupação de Paula se justifica. Há três meses, nesta mesma rodovia, ela foi esfaqueada oito vezes e quase morreu. Porém, se tudo correr bem, ela voltará para casa às 2h da manhã, depois de sete programas, com aproximadamente R$ 200 no bolso. A rotina segue até o domingo seguinte, quando descansará e colocará a casa em ordem. Leia mais em Na terceira margem

Um comentário:

Os comentários neste blog passam por moderação, o que confere
ao editor o direito de publicá-los ou não.