Setor de turismo luta por trem-bala
Entidades de Ribeirão Preto (SP), Uberaba, Uberlândia e BrasÃlia se unem para adiar prazo de definição de traçado
De Guto Silveira na Gazeta de Ribeirão, hoje:
O esforço de entidades ligadas ao turismo para reivindicar o prolongamento traçado do Trem de Alta Velocidade (TAV) até BrasÃlia, com pontos de parada em Ribeirão Preto, Uberaba, Uberlândia e BrasÃlia, começa a tomar corpo, com eventos de discussão e mobilização. O traçado original previsto é de Rio de Janeiro a Campinas, com ponto de parada em São Paulo.
A pressão sobre o Ministério dos Transportes, neste momento, é para prorrogar o prazo de definição final do traçado, previsto para o dia 2 de abril. "Vamos buscar ampliar e esse prazo, para que possamos pressionar pelo traçado que contemple também Ribeirão Preto, Uberaba, Uberlândia e BrasÃlia", disse ontem o presidente do Ribeirão Convention & Visitors Bureau, Márcio Santiago.
No próximo dia 9 acontece o primeiro evento de discussão do assunto, em Ribeirão, com a presença de autoridades de cidades da região, entre eles secretários de Turismo de várias cidades. "Um representante do Ministério dos Transportes fará uma palestra explicando os motivos da definição do traçado e um representante da iniciativa privada argumentará sobre as vantagens do TAV nas cidades", afirmou.
A intenção é fazer encontros nas outras três cidades, com o objetivo de sensibilizar o governo federal a re-estudar o trajeto. Márcio Santiago diz estar em contato permanente com os presidentes dos conventions das duas cidades mineiras e do Distrito Federal. Ele também diz estar em contato com o Ministério dos Transportes.
De acordo com a assessoria de imprensa do Ministério, não há ainda um pedido formal dos conventions para extensão do traçado. No dia 2 de março, quando a ministra da Casa Civil esteve em Campinas para apresentar um balanço do Programa de Aceleração Econômica (PAC), o assunto teria sido tratado, de maneira informal, com o secretário executivo do Ministério, Paulo Sérgio Passos.
A previsão é que o TAV tenha 518 quilômetros de extensão, com previsão de investimentos privados de US$ 11 bilhões, ao longo de cinco anos. A velocidade prevista é de 180 quilômetros por hora. A resistência em incluir outras cidades deve-se justamente à redução da velocidade e aumento de investimentos.
Briga por trem é antiga em Ribeirão Preto
A briga para a linha férrea chegar a Ribeirão Preto, no século 19, também não foi fácil. A Companhia Mogiana começou a ser constituÃda em março de 1872, pela famÃlia Silva Prado, Antônio de Queirós Teles e José Estanislau do Amaral que eram grandes proprietários de plantações de café, e o Barão de Tietê.
O primeiro trecho, de 34 quilômetros, foi entre Campinas e a cidade de Jaguari, hoje Jaguariúna. Depois se estendeu até Mogi Mirim, chegando a 41 quilômetros. A linha contemplou ainda Amparo e Casa Branca. Só depois de muitos e acalorados debates, no ano de 1880, a Mogiana conseguiu a concessão para prolongar seus trilhos até Ribeirão Preto, seguindo depois para Franca e Minas Gerais. A produção de café foi determinante para a definição. Hoje os argumentos são a riqueza da região e a necessidade de alternativa de transporte de pessoas.
De Guto Silveira na Gazeta de Ribeirão, hoje:
O esforço de entidades ligadas ao turismo para reivindicar o prolongamento traçado do Trem de Alta Velocidade (TAV) até BrasÃlia, com pontos de parada em Ribeirão Preto, Uberaba, Uberlândia e BrasÃlia, começa a tomar corpo, com eventos de discussão e mobilização. O traçado original previsto é de Rio de Janeiro a Campinas, com ponto de parada em São Paulo.
A pressão sobre o Ministério dos Transportes, neste momento, é para prorrogar o prazo de definição final do traçado, previsto para o dia 2 de abril. "Vamos buscar ampliar e esse prazo, para que possamos pressionar pelo traçado que contemple também Ribeirão Preto, Uberaba, Uberlândia e BrasÃlia", disse ontem o presidente do Ribeirão Convention & Visitors Bureau, Márcio Santiago.
No próximo dia 9 acontece o primeiro evento de discussão do assunto, em Ribeirão, com a presença de autoridades de cidades da região, entre eles secretários de Turismo de várias cidades. "Um representante do Ministério dos Transportes fará uma palestra explicando os motivos da definição do traçado e um representante da iniciativa privada argumentará sobre as vantagens do TAV nas cidades", afirmou.
A intenção é fazer encontros nas outras três cidades, com o objetivo de sensibilizar o governo federal a re-estudar o trajeto. Márcio Santiago diz estar em contato permanente com os presidentes dos conventions das duas cidades mineiras e do Distrito Federal. Ele também diz estar em contato com o Ministério dos Transportes.
De acordo com a assessoria de imprensa do Ministério, não há ainda um pedido formal dos conventions para extensão do traçado. No dia 2 de março, quando a ministra da Casa Civil esteve em Campinas para apresentar um balanço do Programa de Aceleração Econômica (PAC), o assunto teria sido tratado, de maneira informal, com o secretário executivo do Ministério, Paulo Sérgio Passos.
A previsão é que o TAV tenha 518 quilômetros de extensão, com previsão de investimentos privados de US$ 11 bilhões, ao longo de cinco anos. A velocidade prevista é de 180 quilômetros por hora. A resistência em incluir outras cidades deve-se justamente à redução da velocidade e aumento de investimentos.
Briga por trem é antiga em Ribeirão Preto
A briga para a linha férrea chegar a Ribeirão Preto, no século 19, também não foi fácil. A Companhia Mogiana começou a ser constituÃda em março de 1872, pela famÃlia Silva Prado, Antônio de Queirós Teles e José Estanislau do Amaral que eram grandes proprietários de plantações de café, e o Barão de Tietê.
O primeiro trecho, de 34 quilômetros, foi entre Campinas e a cidade de Jaguari, hoje Jaguariúna. Depois se estendeu até Mogi Mirim, chegando a 41 quilômetros. A linha contemplou ainda Amparo e Casa Branca. Só depois de muitos e acalorados debates, no ano de 1880, a Mogiana conseguiu a concessão para prolongar seus trilhos até Ribeirão Preto, seguindo depois para Franca e Minas Gerais. A produção de café foi determinante para a definição. Hoje os argumentos são a riqueza da região e a necessidade de alternativa de transporte de pessoas.
Mais uma vez Araguari foi esquecida. Se o traçado passando por Ribeirão Preto, Uberaba e Uberlândia vingar, obrigatoriamente deverá passar por Araguari que poderá ter um ponto de parada, também. Onde anda os nossos polÃticos?
ResponderExcluirEra só o que me faltava: TREM BALA PERDIDO...
ResponderExcluirAraguari teve (ainda tem?) uma secretaria de Turismo, com toda pompa e circunstância. Quiçá possam fornecer detalhes.
ResponderExcluirE a gente combina assim: o Aristeu fica PROIBIDO de postar comentários. Seu poder de sÃntese e sua sagacidade são uma covardia conosco, pobres mortais das letras... hahahaha
Grande Aloisio,
ResponderExcluirEsse assunto do trem bala de São Paulo a BrasÃlia parece um daqueles furos de reportagem ao menos na cidade. Mas tem um misto de previsão astrológica somente possÃvel para grandes polÃticos estadistas e visionários. O trajeto do trem entre Rio e São Paulo é previsão antiga e me faz lembrar que foi mencionado numa entrevista concedida pelo Presidente General Ernesto Gaisel dentro do trem bala no Japão. Desde então a idéia ficou maturando. É obra carÃssima, talvez sem tecnologia nacional mas com técnicos habilitados a desenvolvê-la no Brasil, mas deve ser feita. Mas falar do trecho São Paulo/BrasÃlia aà é demais para mim. Não é uma má idéia; é um excelente projeto. Mas acho tão caro quanto inviável para as próximas décadas, tanto pelo relevo do possÃvel trajeto quanto pela distância. Muito mais fácil é a duplicação da pista Araguari/Uberlândia e desde quando se fala disso? Quantas vezes isso foi incluÃdo no orçamento da União e não cumprido? E ainda tem gente falando da duplicação Araguari/Catalão, mas é mais viável do que o trem bala e não sei se os polÃticos da cidade participam dessa futurologia mais realista. Voltando ao trem bala (perdida), nem vou perder tempo escrevendo sobre a sustentação financeira do projeto e nem da concorrência com as empresas de ônibus... Muito menos do trem (sem bala) que já temos graças ao Batalhão Mauá de São Paulo a BrasÃlia. Mas se algum polÃtico ainda acreditar nisso mais do que eu que sou otimista, recomendo reunir os fazendeiros para impedir esse trem bala de passar pelas nossas fazendas, caso não façam uma estação/parada em Araguari... (!). Ou esse trem para em Araguari ou vamos sabotar as obras e a bala vai continuar perdida, que tal esse movimento? Temos bala na agulha? Não podemos é perder esse trem, custe o que custar!
Natal