Selecta parte para colocar em operação sua unidade de beneficiamento de soja de Araguari
A juíza Ana Maria Rosa Santana, da 8ª Vara Cível de Goiânia, homologou ontem a proposta de recuperação judicial da Selecta. O plano foi aprovado, com ressalvas, na assembléia de credores realizada há duas semanas. A empresa parte agora para colocar em operação sua unidade de beneficiamento de soja de Araguari.
Durante a recuperação judicial, a empresa conseguiu um empréstimo-ponte de US$ 5 milhões com um grupo de credores liderado pelo Crédit Suisse, segundo fonte ouvida pelo Valor. Com os recursos, duas das três etapas da esmagadora de soja puderam ser concluídas. A unidade já havia consumido investimento de US$ 80 milhões.
Com a homologação das decisões da assembléia, a Los Grobo do Brasil, associação entre o maior produtor de soja da Argentina e o fundo Pactual Capital Partners (PCP), que gerencia recursos dos ex-sócios do banco Pactual, entra efetivamente na Selecta. A Los Grobo havia assinado em junho um memorando de entendimentos com a Selecta para, com o desembolso de US$ 55 milhões, ficar com a empresa.
O grupo francês Louis Dreyfus chegou a entrar na disputa ao apresentar uma proposta, mas desistiu do negócio e não enviou representantes à reunião. A Los Grobo ficará com os ativos de originação de soja por meio de uma nova empresa, batizada momentaneamente de Nova Originadora.
No acordo com os credores, as principais mudanças ocorreram nos chamados créditos quirografários (sem garantias reais), que somam US$ 193,5 milhões - o débito total da Selecta é de quase US$ 400 milhões. Aos quirografários, os mais descontentes na assembléia, foram oferecidas duas opções: recebimento de 30% do principal da dívida, mais juros, até 2017, ou recebimento de até 100% do principal, mais juros. Nesta opção, contudo, o credor empresta 50% do que já tem a receber da Selecta como crédito para capital de giro. O recebimento também está condicionado ao bom desempenho da Selecta - os pagamentos ocorrem se a empresa obtiver Ebitda mínimo de US$ 25 milhões.
A goiana Selecta entrou em dificuldades no início do ano, depois de perder US$ 160 milhões em operações na bolsa de Chicago, com as quais a empresa tentava se proteger das oscilações de preço da soja. O escritório Lilla, Huck, Otranto, Camargo e Munhoz Advogados assessora a Selecta no processo de recuperação.
Fonte : Valor Econômico.
Durante a recuperação judicial, a empresa conseguiu um empréstimo-ponte de US$ 5 milhões com um grupo de credores liderado pelo Crédit Suisse, segundo fonte ouvida pelo Valor. Com os recursos, duas das três etapas da esmagadora de soja puderam ser concluídas. A unidade já havia consumido investimento de US$ 80 milhões.
Com a homologação das decisões da assembléia, a Los Grobo do Brasil, associação entre o maior produtor de soja da Argentina e o fundo Pactual Capital Partners (PCP), que gerencia recursos dos ex-sócios do banco Pactual, entra efetivamente na Selecta. A Los Grobo havia assinado em junho um memorando de entendimentos com a Selecta para, com o desembolso de US$ 55 milhões, ficar com a empresa.
O grupo francês Louis Dreyfus chegou a entrar na disputa ao apresentar uma proposta, mas desistiu do negócio e não enviou representantes à reunião. A Los Grobo ficará com os ativos de originação de soja por meio de uma nova empresa, batizada momentaneamente de Nova Originadora.
No acordo com os credores, as principais mudanças ocorreram nos chamados créditos quirografários (sem garantias reais), que somam US$ 193,5 milhões - o débito total da Selecta é de quase US$ 400 milhões. Aos quirografários, os mais descontentes na assembléia, foram oferecidas duas opções: recebimento de 30% do principal da dívida, mais juros, até 2017, ou recebimento de até 100% do principal, mais juros. Nesta opção, contudo, o credor empresta 50% do que já tem a receber da Selecta como crédito para capital de giro. O recebimento também está condicionado ao bom desempenho da Selecta - os pagamentos ocorrem se a empresa obtiver Ebitda mínimo de US$ 25 milhões.
A goiana Selecta entrou em dificuldades no início do ano, depois de perder US$ 160 milhões em operações na bolsa de Chicago, com as quais a empresa tentava se proteger das oscilações de preço da soja. O escritório Lilla, Huck, Otranto, Camargo e Munhoz Advogados assessora a Selecta no processo de recuperação.
Fonte : Valor Econômico.
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