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Começa no domingo a 38ª edição do Horário de Verão

Deu na Agência Minas:

O Horário de Verão começa à zero hora do próximo domingo (19) e termina à zero hora de 15 de fevereiro do ano que vem. Os relógios devem ser adiantados em uma hora no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e também no Distrito Federal.

Ao todo, serão 119 dias de duração, sete a menos que na versão passada. Os Estados do Nordeste e Norte ficam de fora, pois o Ministério de Minas e Energia (MME) avaliou que os benefícios não seriam significativos para as regiões.

A medida objetiva reduzir a demanda máxima do Sistema Interligado Nacional (SIN) no período de ponta, entre 18h e 22h. Segundo o engenheiro de operação do sistema Wilson Fernandes Lage, da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), a mudança de comportamento dos consumidores, associada ao retardo do início da utilização de iluminação artificial, reduz o consumo nos horários de pico. “Nos meses de verão, a iluminação solar se estende por um tempo maior, com o sol nascendo antes que boa parte da população tenha iniciado seu ciclo de trabalho”, destaca o engenheiro. Ele acrescenta que se os relógios forem adiantados durante esse período, a luz do dia será melhor aproveitada e a utilização de energia será, conseqüentemente, menor.

Novidade

A partir deste ano, foram fixadas datas para início e término do Horário de Verão. A medida entrará em vigor sempre à zero hora do terceiro domingo de outubro e se estenderá ao terceiro domingo de fevereiro seguinte. “No ano em que houver coincidência entre o domingo previsto para o término do Horário de Verão e o domingo de carnaval, o encerramento ocorrerá no domingo seguinte”, explica Wilson Fernandes.

Economia no Brasil

A expectativa de economia no SIN é de 2.300 MW, de acordo com avaliações do Operador Nacional do Sistema Elétrico (NOS), ou seja, 4,5% de redução na demanda máxima. Essa economia equivale a aproximadamente 65% da carga no horário de ponta da cidade do Rio de Janeiro, somada a 85% da carga de Curitiba, no Paraná. Em relação à carga de energia, prevê-se redução de 206 MW médios, correspondentes a 0,5% da carga dos subsistemas Sul/Sudeste/Centro-Oeste. Já com a redução da geração térmica, estima-se economia da ordem de R$ 30 milhões.

Redução em Minas

Na área de concessão da Cemig, espera-se uma redução de 3,2% na demanda máxima, o que corresponde a cerca de 240 MW, potência equivalente à geração à plena carga de quase duas usinas do porte da Usina Térmica de Igarapé (131 MW) ou à de quatro geradores da Usina de Três Marias (66 MW cada).

A economia também equivale a 30% da carga de pico de todo o Triângulo Mineiro, com 66 municípios, ou a 12% da carga de pico dos 34 municípios da Região Metropolitana de Belo Horizonte ou ainda à demanda de uma cidade de 700 mil habitantes.

De acordo com Wilson Fernandes, durante todo o período da 38ª edição do Horário de Verão, espera-se economia de até 0,5% no consumo de energia, o que representa cerca de 32 MW médios ou até 91mil MWh. Esse montante é suficiente para abastecer, durante um mês, duas cidades do porte de Sete Lagoas e Uberaba, que juntas têm uma população estimada de 500 mil habitantes. “Para o consumidor residencial, a economia se dará com a menor utilização da iluminação artificial, o que significa uma redução de até 5% no consumo mensal de energia”, acrescenta.

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